sexta-feira, dezembro 29, 2006

Should old acquaintances be forgotten?

Buenas,

Pois é, 2006 está quase e 2007 já desponta na semana que vem. Como tenho lido muitas matérias sobre os melhores do ano no cinema, música, etc, me senti compelida a escrever sobre o que eu achei de melhor em 2006.

Ano de grandes e bons shows no Brasil, com direito à U2, Jamie Cullum, Franz Ferdinand, BB King, Patti Smith, Beastie Boys, Yeah Yeah Yeahs, Oasis, TV on the Radio, New Order, Daft Punk, Gang of four, entre outros. Confesso que não fui a muitos desses shows, muitos nem vieram à São Paulo (o que acho absurdo, aliás...), mas os que fui estão registrados por aí nesse blog. De longe, na minha opinião, o melhor show do ano foi Franz Ferdinand no Espaço das Américas. Foi um showzasso!!! Nem a precariedade do lugar conseguiu segurar uma das melhores bandas da atualidade e seus fãs ardorosos, como eu.

Em geral, na música, o Arctic Monkeys, com o seu álbum Whatever People Say I Am, That's What I'm Not, foi destaque total na mídia porque os caras têm mesmo um som muito legal. Mas, pra mim, Raconteurs com Broken Boy Soldier foi a melhor novidade do ano. Outras coisas bacanas da música em 2006 também incluem:

TV on the Radio – Return to Cookie Mountain
Gnarls Barkley – St. Elsewhere
Wolfmother – Wolfmother
Corinne Bailey Rae
KT Tunstall
John Mayer – Continuum

No cinema, tivemos algumas boas surpresas de filmes independentes como Pequena Miss Sunshine e o brasileiro O ano..., e um filme francês desconcertante que foi, ao meu ver, o melhor do ano. Segue abaixo um TOP 14 dos melhores do ano, a maioria já comentada aqui no blog:

1- Cache
2- The Departed – Os infiltrados
3- Little Miss Sunshine – Pequena Miss Sunshine
4- Thank you for Smoking – Obrigado por fumar
5- Casino Royale
6- O ano em que meus pais saíram de férias
7- El Laberinto del Fauno – O labirinto do fauno
8- Inside Man – O plano perfeito
9- United 93
10- Cidade Baixa
11- Miami Vice
12- Match Point
13- Mission Impossible III
14- Pirates of the Caribbean: Dead Man’s Chest – Piratas do Caribe 2

O ano de 2006 pode não ter sido dos melhores, mas teve seus momentos. Agradecemos esses e esperamos muitos mais e melhores em 2007!!!!!!!!!!!!!!!!!!

See ya next year!!!

quinta-feira, dezembro 21, 2006

James Bond Begins!!!


Buenas,

Seguindo o conceito adotado pelo pessoal da Warner para reviver a franquia dos filmes Batman, voltando às origens do personagem com Batman Begins, os produtores de 007 fizeram o mesmo com James Bond. Aqui em Cassino Royale (Casino Royale, UK – 2006) eles apresentam um Bond mais jovem, mais vigoroso fisicamente, menos experiente, mais bruto e um pouco menos cínico.

O início do filme, como de costume, é acachapante. As cenas em preto e branco de uma luta de Bond (Daniel Craig), na qual ele mata seu primeiro alvo, intercaladas com a conversa com o segundo, são impressionantes. O filme é pura adrenalina, ação e diálogos irônicos, mas sem os gadgets usuais de Bond, com muito braço, muito sangue e muita porrada mesmo.

Desta vez a missão de Bond é vencer o vilão Le Chiffre, que financia traficantes de armas e terroristas, em um jogo de pôquer no Cassino Royale de Montenegro (Montecarlo disfarçada) e assim chantageá-lo para que ele entregue os seus contatos. Com direito a cena de tortura com Bond pelado e tudo, o ritmo do filme é acelerado e as cenas muito bem filmadas. Há um momento em que o filme perde um pouco o seu ritmo, confesso que achei o filme perfeito até essa hora, quando Bond começa a se recuperar em um hospital.

Claro que depois disso ainda há reviravoltas e cenas de ação, mas senti que o filme ficou um pouco meloso. Mesmo assim, Daniel Craig passa na prova com nota máxima e os produtores mostram que um bom personagem com boas histórias pode ser infinito.

See ya!

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Volver, sentir, vivir, reír, llorar


Buenas,

Almodóvar fez novamente. Ele conseguiu fazer um filme estilo dramalhão, comédia, bem espanhol e absolutamente divino. Volver (Espanha, 2006) é uma história de mulheres a beira de um ataque de nervos que conta tudo sobre sua mãe, onde se fala muito com ela, usando saltos altos, ou seja, um pouco de tudo que vimos na obra do talentoso diretor.

Penélope Cruz brilha como Raimunda, personagem central de uma família de três gerações de mulheres, que luta para superar seus traumas e se relacionar. O principal tema do filme é o relacionamento mãe e filha, algo tão delicado e complicado que só Almodóvar consegue retratar como se deve. Raimunda e sua irmã Sole, que perderam os pais num incêndio há meses, vivem em Madri, uma como cabeleireira clandestina e outra com um marido bêbado e desempregado e a filha, fazendo bicos. Quando a tia morre, elas descobrem que a mãe estava cuidando dela e agora elas precisam se relacionar com essa mãe que retornou das cinzas.

Os temas complicados e polêmicos como incesto, morte e família, são apresentados de forma melodramática (bem ao estilo Almodóvar) por ótimas atrizes. A trama do filme é relativamente simples, mas bem interessante e no fundo o que interessa ao diretor é explorar as relações familiares diante de adversidades inimagináveis. As mulheres são o centro desse filme, que quase não tem personagens masculinos, que as coloca em várias molduras diversas de acordo com a ocasião. Para isso o diretor usa sua extravagância nas cores, cenas e diálogos. Uma jóia rara que só poderia ter sido lapidada por esse artesão cuidadoso.

See ya!

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Quer saber pra onde vai o mundo, do jeito que está hoje?


Buenas,

Quem quer saber onde vamos parar se o mundo continuar da forma como está, cheio de intolerância, medo, racismo e xenofobia, deve assistir ao novo filme do diretor mexicano Alfonso Cuarón.

Filhos da Esperança (título infeliz de Children of Men, UK – 2006) é uma ótima produção que trata de assuntos polêmicos de hoje, em um futuro próximo. Em 2027, os seres humanos teriam perdido a capacidade de se reproduzir, o mundo estaria um caos e só a Inglaterra ainda teria uma vida ‘normal’ sob uma ditadura que fecha o país para qualquer imigrante ilegal.

O futuro próximo visualizado por Cuarón é bastante sombrio, é um resultado dos líderes que vemos atualmente e das políticas racistas de imigração e de guerra. No meio desse mundo desolado vive Theo (Clive Owen, como sempre muito bom), meio conformado com a guerra urbana que a ditadura trava contra milícias pró-liberdade. Quando sua ex-mulher o procura para ajudar a escoltar a única mulher a ter ficado grávida em 18 anos - uma imigrante ilegal - começam seqüências de ação inacreditáveis.

A história é extremamente relevante e Cuarón a filma de forma pungente, como um soco no estômago do público. Apesar disso, o filme prega a esperança. Além da ótima atuação de Clive Owen o filme também conta com uma participação especial de Julianne Moore e Michael Caine como um hilário ex-hippie.

Algumas seqüências do personagem de Owen tentando passar por um conflito armado são de tirar o fôlego, com a câmera seguindo ele por minutos em uma correria frenética. Direção de primeira.

Um filme que está passando meio despercebido porque foi lançado no Brasil antes que nos Estados Unidos, mas que provavelmente será um dos concorrentes ao Oscar (ou deveria ser).

See ya!

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Crítica de NY elege United 93 melhor filme do ano

Buenas,

Está aí no NY Times e no G1:
http://www.nytimes.com/aponline/movies/AP-Film-New-York-Critics.html?_r=1&ref=movies&oref=slogin

http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,AA1383615-7084,00.html

A crítica norte americana escolheu o filme United 93 como melhor filme do ano. Assisti esse filme ontem em DVD e realmente, achei bastante impressionante. Com um realismo contundente sem ser apelativo, o filme é puro terror. Mas não é aquele tipo de terror onde Freddy Krueger mata todo mundo dando risadas. É uma tensão e um terror reais. Mesmo porque, a gente sabe que aquilo aconteceu.

O filme ganha muitos pontos mostrando uma narrativa simples e direta de como as autoridades receberam as notícias dos seqüestros dos aviões e dos ataques de 11 de setembro de 2001 e o que teria acontecido dentro do fatídico vôo United 93 que caiu próximo a Washington. Um filme pungente. Todos deveriam assistir.

Gostei muito do fato de Martin Scorcese ter ganho melhor diretor, um prêmio justo. Quem sabe esse ano a Academia pare de puxar o saco do Dirty Harry e dê o prêmio a quem merece?

See ya!

I got the blues....

Buenas,

Sem dúvida, uma noite memorável, entre as melhores que já tive! Ver o rei do blues é sempre um prazer, mas sua farewell tour (turnê de despedida) que passou pelo Via Funchal em São Paulo foi o ápice. E eu estava lá!!!! :-)

BB King é uma lenda da música, não dá pra negar. Aos 81 anos de idade ele consegue levar um show com seu carisma, encantar a platéia com sua voz sensacional (dá até arrepios quando ele começa a cantar) e ainda toca a Lucille (pra quem não sabe, é o nome da guitarra dele) primorosamente. É imperdível.

Ele toca desde o blues de raiz e versões de seus sucessos como ‘When love comes to town’ escrita pelo Bono, mas sempre com um toque de improvisação e jam session. As músicas se estendem e juntam-se umas com as outras, vários solos são apresentados pela ótima banda que o acompanha há anos. Além de clássicos como ‘The Thrill is gone’.

Mas BB King hoje é um cara de muita prosa. Ele conversa muito com o público, conta histórias engraçadas, interage mesmo e muito à vontade, como quem já nasceu e passou a vida todo no palco. Ele é muito brincalhão e bem humorado.

Felicidade pura

See ya!

quarta-feira, dezembro 13, 2006

James Blonde chega nessa sexta!!!!


Buenas,

Na sexta estréia no Brasil a mais recente aventura do agente 007, James Bond. Eu sou FANÁTICA da série de Bond e, longe de ser purista, gosto muito das várias fases do espião. Concordo com o que disse o cinéfico Ben Lyons no programa Daily 10 do E!, que o Bond da nossa geração (minha e dele e de quem tem por volta de 30) é o Pierce Brosnan.

Sem dúvida Brosnan tem carisma de sobra e os filmes da série que ele estreleou foram alguns dos melhores, principalmente porque foram atuais. Eu, como fã incondicional de Bond, adorava os filmes da era Sean Connery. A era Roger Moore foi um pouco mais 'trash', em minha opinião, mas eu também gosto muito dessa fase pois os filmes do agente ganharam uma boa dose de humor cínico. Os únicos Bonds que não gostei realmente foram George Lazenby e Timothy Dalton.

Pierce Brosnan trouxe o charme e carisma de Connery aliado ao humor de Roger Moore em tramas fantásticas e futuristas, cheias de tecnologia de ponta. Nem preciso dizer que amei os filmes dessa era.

Sexta surge a nova era de Bond, com o agente James Blonde (porque esse é o único ator loiro que fez esse papel), Daniel Craig na pele do 007. Cassino Royale é o primeiro livro de Ian Fleming e o filme usa isso para imitar Chris Nolan em Batman Begins e mostrar as origens de Bond.

Como ainda não vi o filme, não dá pra dizer muita coisa. O que eu quero realmente comentar é que, pelos trailers e propagandas na TV, parece que esse é o primeiro filme do 007 que realmente leva em conta o público feminino. Em vez de milhares de mulheres semi-nuas, saindo do mar de biquini, o filme terá uma cena de Daniel Craig saindo do mar de sunga. Só isso já vale o ingresso do cinema! (dá uma olhada na foto)

See ya!

terça-feira, dezembro 12, 2006

Um médio truque


Buenas,

Está em cartaz em São Paulo o filme O Grande Truque (The Prestige, EUA – 2006), filme dirigido por Christopher Nolan e estrelado por Hugh Jackman, Christian Bale, Michael Caine e Scarlett Johanson.

Gosto muito do estilo de direção do Chris Nolan e esse filme, apesar de muito bom, talvez seja um de seus mais fracos. Com uma boa história e ótimos atores, o excesso de flash backs e uma surpresa facilmente detectável acabam tornando o filme divertido sem ser nada especial. Não levem a mal, o filme é bacana e entretém, mas sabe quando falta alguma coisa?

O filme conta a história de dois mágicos na Inglaterra vitoriana que viram rivais tipo arqui-inimigos, obcecados com a destruição um do outro. Como de costume nos filmes de Nolan, a história é contada por meio de flash backs misturados, sem uma estrutura linear. Esse truque que visa confundir mais o expectador e fazer a revelação final mais intrigante, não funcionou tão bem nesse filme. A grande sacada é facilmente perceptível e olha que eu não sou daquelas que se gaba de ter sabido antes do final que Bruce Willis era um fantasma em O Sexto Sentido.

O filme é interessante, tem uma história cativante, boas atuações e uma participação especialíssima de David Bowie como o inventor Nikola Tesla. Bom entretenimento.

See ya!

PS: Ver os belos Hugh Jackman e Christian Bale na tela por duas horas, já vale o ingresso!!!

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Pilobolus encanta com dança escultural


Buenas,

Tardo, mas não falho!

Há semanas assisti ao espetáculo da companhia de dança norte-americana Pilobolus, que faz um balé moderno com improvisação, movimentos acrobáticos e coreografias plásticas.

Os bailarinos encantaram com a peça Aquatica, na qual se juntam e fazem um movimento ondulatório imitando o mar. Eles se movem no palco como se o corpo de um fosse a extensão do corpo do outro, é uma experiência impressionante.

As coreografias Pilobolus e Memento Mori também mostram a destreza e criatividade do grupo, mas cansam por serem um pouco longas e mais dramáticas. Já Sweet Purgatory e Walklyndon encantam não só por sua estética, mas pelo uso do humor. Essas duas últimas agradaram muito também às crianças que estavam na platéia, já que usam elementos do humor pastelão do cinema mudo.

Os destaques são os bailarinos Andrew Herro, Manelich Minniefee e Annika Sheaff, que executam com personalidade e destreza as partes mais importantes das coreografias. Uma experiência à parte.

See ya!!