segunda-feira, abril 09, 2007

300


Buenas,

Fui assistir 300 nesse feriado e vou resumir o filme pra ficar mais claro pra todo mundo:

300 homens bonitos seminus


Contei 300 piercings dourados no corpo de Rodrigo Santoro


Bocejei 300 vezes e olhei 300 vezes no relógio para ver quando iria terminar o filme


300 braços, 300 pernas, 300 olhos e 300 cabeças decepadas


300 espirros de sangue


300 citações de como a violência e a guerra enobrecem o homem e o tornam livre (de quê, cara pálida?)


300 barrigas tanquinho retocadas por CGI (efeitos especiais)


300 mm é a profundidade do roteiro


300 expressões caricatas dos atores


300 referências homoeróticas no filme


Fui obrigada a ouvir 300 discursos cheios de asneiras e clichês sobre liberdade que não faziam sentido nenhum com a brutalidade e tirania dos dois povos mostrados no filme – Espartanos, aqui retratados como piores que os nazistas; e Persas, imperialistas e tiranos


300 corpos persas empilhados pelos espartanos


300 risadas em momentos intencionalmente sérios do filme, que ultrapassaram o limite do exagerado e ficaram ridículos


300 frases de efeito como: “Tonight, we dine in hell!!”


300 jornalistas e comentaristas que levaram esse filme muito a sério e o compararam com a situação geo-política atual


300 moedas de ouro que caem convenientemente do bolso do traíra, na frente do conselho inteiro, desmascarando-o


300 milhões de dólares que entrarão no bolso do diretor Zack Snyder pelo sucesso do filme
Nunca um título definiu tão bem um filme.

See ya!

terça-feira, abril 03, 2007

Só faltou tocar YMCA


Buenas,

Como boa ‘oitentista’ que sou, estava eu lá no Credicard Hall para assistir a mais um show do Pet Shop Boys. Eu gosto muito dessa banda, uma música dançante e alternativa, com tiradas inteligentes. Em 2004 fui ao TIM Festival, ainda em tendas no Jóquei Clube, e assisti ao show do Pet Shop que terminava uma noite de música eletrônica. Aquele show foi maravilhoso! Eles só tocaram sucessos, com muita batida e remix, estilo show para todo mundo dançar. E todo mundo dançou e cantou junto e o resultado foi uma noite inesquecível.

Já nesse novo show, eu sabia que eles lançaram disco novo e iriam tocar várias músicas que eu não conhecia. Fora que o clima foi completamente diferente, porque uma coisa é fazer parte de um festival e encerrar uma noite de música eletrônica, outra é fazer seu próprio show no Credicard Hall. Dito isso, o show foi bem bacana, altamente divertido, com direito a dançarinos e drag queens no palco. Parecia um show do primo pobre da Madonna, sabe? Uma produção que lembra os shows da Madonna, com dançarinos, cenários/ vídeos e fantasias, só que em escala muito menor e menos elaborada.

Eles tocaram todas aquelas músicas que a gente queria ouvir: It’s a Sin, West End Girls, Left to my Own Devices, Being Boring, Suburbia, Go West e Domino Dancing. E ainda os covers de Always on my Mind e Where the Streets Have no Name, mais algumas novas legais, como I’m with Stupid. Neil Tennant e Christopher Lowe vieram e cumpriram bem seu papel. Pessoalmente, eu dispensaria os dançarinos e drags, que foram ficando ridículos a medida em que o show progredia e eles trocavam de roupa. Teve uma hora que parecia que ia entrar o Village People no palco e cantar YMCA junto com os Pet Shop Boys.

Enfim, música bacana e boas risadas.

See ya!