sexta-feira, novembro 24, 2006

Oitentistas sacolejam o esqueleto no Via Funchal


Buenas,

Os oitentistas – pessoas saudosas dos anos 80 – grupo que inclui esta que lhes escreve, estavam todos lá no Via Funchal, na terça passada, esperando ansiosamente que Bernard Summer, Peter Hook e cia desfilassem seus sucessos. E foi o que aconteceu, mais ou menos.

O New Order é uma ótima banda, com muitas músicas bacanas de vários álbuns inspirados. Muitas pessoas saíram do Via Funchal achando que ‘acústica’ estava ruim, que o som não foi tão bom e que faltaram hits.

Eu saí de alma lavada. Não é todo dia que se ouve Love Will Tear Us Apart ao vivo, tocada pelos membros originais do cultuado Joy Division. Nem preciso dizer que adoro Joy Division e que, ao contrário da primeira passagem do New Order pelo Brasil, dessa vez o grupo honrou suas origens e tocou várias boas como Athmosphere e Transmission. Delirante!

Os hits do New Order também estavam lá: Bizarre Love Triangle, Blue Monday, The Perfect Kiss, Regret e True Faith, essa última acabou confundindo um pouco o público porque eles tocaram com um arranjo novo. Sobre a acústica, eu acho que nem é tanto um problema do Via Funchal, mas o Bernard Summer não nasceu vocalista ele ficou vocalista quando o Ian Curtis se matou, portanto não dá pra esperar muito da voz do cara ao vivo, que realmente é meio fraca.

Com muitos hits dançantes, algumas músicas do último álbum e as jóias do Joy Division, o New Order fez um grande show!

See ya!

terça-feira, novembro 21, 2006

Um gênio se retira


Buenas,
Robert Altman faleceu hoje, aos 81 anos de idade, em um hospital em Los Angeles. Não foi divulgada a causa, mas Altman havia sofrido um transplante de coração há alguns anos. Fico feliz que a Academia de Artes e Ciências de Hollywood deu a ele neste ano um merecido Oscar honorário pelo conjunto de sua obra – lifetime achievement award.

Com elencos recheados de estrelas, os filmes de Altman caracterizam-se pela improvisação, um roteiro que deixa os atores soltos para inventarem falas. O resultado disso eram filmes que mais pareciam ‘pedaços da vida’ (slices of life) e não histórias com começo, meio e fim. Sou grande fã de filmes como O Jogador, Gosford Park e Short Cuts, nos quais os atores falam ao mesmo tempo e parece que estamos vendo cenas da vida real.

Quando recebeu o prêmio da academia, Altman disse “I'm very fortunate in my career. I've never had to direct a film I didn't choose or develop. My love for filmmaking has given me an entree to the world and to the human condition". Um cineasta de alma independente que nos deixa com saudades dos filmes que mostra o ser humano como ele é.

See ya!

terça-feira, novembro 14, 2006

Os Infiltrados já nasce clássico do cinema!!


Buenas,

O filme do ano está em cartaz e aconselho todos a correrem pro cinema JÁ!!!!!
Os Infiltrados (The Departed, EUA – 2006) é o mais novo filme do diretor Martin Scorsese que conta com um elenco de estrelas como Jack Nicholson, Leonardo DiCaprio, Matt Damon, Mark Whalberg, Alec Baldwin e Martin Sheen. Voltando às suas raízes, Scorcese faz uma obra prima sobre máfia, polícia e, é claro, agentes infiltrados.

O filme já começa pra lá de bem com “Gimme Shelter” dos Rolling Stones, enquanto as imagens mostram como Colin Sullivan (Matt Damon), se tornou ‘afilhado’ do chefe da máfia irlandesa de Boston, Frank Costello (Nicholson). A história conta como Sullivan virou um policial corrupto que continua ajudando o chefe mafioso, e como William Costigan (DiCaprio), vindo de uma família de mafiosos, vira um policial infiltrado na gangue para conseguir provas e prender Costello. O filme gira em torno dessa dicotomia entre DiCaprio e Damon, gerando incríveis momentos de suspense e uma trama que dá várias reviravoltas.

A refilmagem do filme chinês, Infernal Affairs, é inquestionavelmente superior ao original, trazendo de volta um Scorsese da época de ouro. Nos últimos anos o diretor deu uma derrapada com Gangues de NY, voltou bem com O Aviador, mas não como era em Goodfellas. Os Infiltrados é um de seus melhores trabalhos. A violência bruta, os palavrões, os comentários sarcásticos que rendem muitas risadas e a sensacional atuação do elenco fazem desse filme um clássico já no seu lançamento.

Nicholson está perfeito como Costello, um mafioso sem escrúpulos e muito sacana, bem ao estilo do ator. Damon e DiCaprio dão um show de atuação, um como o elegante e conquistador mau caráter e o outro como o desajustado e perturbado bom moço. O filme não é só altamente imprevisível, como tem um final à altura.

**SPOILER ALERT** quem não quer saber sobre o final, pare de ler aqui.

Não vou dizer como acaba, mas devo dizer que é bem parecido com o final que eu considero um dos melhores do cinema, o de Cães de Aluguel (Reservoir Dogs, EUA – 1992) do Tarantino. Pra bom entendedor....

See ya!!!

Sensibilidade infantil domina as telas


Buenas,

Estamos com sorte! Cinema de primeira qualidade em cartaz por toda a cidade. Dois ótimos filmes que estão em cartaz trazem a sensibilidade das crianças para mostrar o mundo adulto de comportamentos e relacionamentos.

Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sunshine, EUA, 2005)
Um filme independente Americano sobre uma típica família estranha daquelas partes. Todos se juntam, pai, mãe, filho adolescente rebelde, filha pequena, avô drogado e tio gay e suicida para uma inusitada viagem a um concurso de beleza infantil da filha.

Com atuações ótimas e realistas, além de uma história semi-absurda, que chega a ser hilária, o filme encanta por sua simplicidade, seu humor e sua sagacidade crítica para com a sociedade americana. Há momentos de chorar de rir (juro, quase caí da cadeira) e o final deixa todo mundo com aquela sensação gostosa. Imperdível.

O Ano em que meus pais saíram de férias (Brasil, 2006)
1970. Copa do Mundo. Pelé. Ditadura. Infância. Bom Retiro. Judeus. Misture tudo com um roteiro inteligente e você tem o filme de Cao Hamburguer. Os pais de Mauro saem de Belo Horizonte e o deixam às pressas com o avô, no Bom Retiro em São Paulo, e partem para uma temporada de “férias”. Fugindo da repressão dos militares, eles nem percebem que deixam o garoto sozinho, já que o pai de Mauro morre pouco antes de chegarem. Mauro é acolhido pelos vizinhos, em particular um velho judeu chamado Schlomo. A partir daí vemos como o menino se relaciona nesse novo ambiente e como se vira sem os pais.

O filme é delicado e mostra a sociedade de 1970 no Brasil pelos olhos do menino. O público acompanha suas descobertas e seus desencantos. A grande vedete é a Copa de 70, que é mostrada com detalhes e dá uma vontade de torcer e vibrar junto com o pessoal que está na tela. Com um belo roteiro e muito bem realizado, este é definitivamente, um dos melhores filmes brasileiros.

See ya!

segunda-feira, novembro 06, 2006

Huh?

Buenas,

Cartoon também é cultura e essa charge do jornal inglês The Guardian diz tudo:

http://www.guardian.co.uk/cartoons/martinrowson/0,,1940658,00.html

Enforcar alguém nos dias de hoje, por pior criatura que ele seja, não soa um tanto quanto medieval?

Olga é o cara!!!!!!!!!!!!!!!!!!

To Bombay, a travelling circus came
they brought an intelligent elephant, and Nelly was her name
one dark night, she slipped her iron chain
and off she ran to Hindustan and was never seen again
oooooooooooooooooooooooooooooooooaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhh

Buenas,

Mesmo com pouca condição intelectual para fazer qualquer crítica devido ao estado etílico avançado, preciso comentar sobre o show do Toy Dolls que rolou na semana passada no Blen Blen em Sampa.

Um show histórico, pelo menos para moui, que perdi o outro show que eles fizeram aqui em 1990. Toy Dolls é o que há de mais divertido no punk rock. Eles tem um som muito bacana e fazem as maiores sátiras de todo mundo. Num Blen Blen extremamente lotado (nem consegui chegar perto do palco, vi de longe mesmo), eles entraram no palco por volta das 22h40 e tocaram até 0h15. Foram vários sucessos, brincadeiras com o público, muito palavrão e muito punk rock do bom.

Conforme mencionado no primeiro parágrafo, eu não vou fazer uma análise elaborada, mesmo porque eu estava ocupada batendo papo cabeça com o Supla, do tipo:

EU - E aí, papito, fala sério??
SUPLA - Meu, não dá pra falar sério aqui!!!

(vai ver só é muito engraçado depois de muita cerveja e uísque ruim com red bull)

Bom, pra mostrar que foi bem bacana, aí vão alguns vídeos do show:

http://showlivre.uol.com.br/videos.php?video_id=25495&conteudo_id=7196&eventoId=2509&video_aberto=S

'cause I've got ashtma, yes I've got ashtma, yes IIIIIIIII've got ashtma!!!!!!!!!!!

See ya!