sexta-feira, dezembro 29, 2006

Should old acquaintances be forgotten?

Buenas,

Pois é, 2006 está quase e 2007 já desponta na semana que vem. Como tenho lido muitas matérias sobre os melhores do ano no cinema, música, etc, me senti compelida a escrever sobre o que eu achei de melhor em 2006.

Ano de grandes e bons shows no Brasil, com direito à U2, Jamie Cullum, Franz Ferdinand, BB King, Patti Smith, Beastie Boys, Yeah Yeah Yeahs, Oasis, TV on the Radio, New Order, Daft Punk, Gang of four, entre outros. Confesso que não fui a muitos desses shows, muitos nem vieram à São Paulo (o que acho absurdo, aliás...), mas os que fui estão registrados por aí nesse blog. De longe, na minha opinião, o melhor show do ano foi Franz Ferdinand no Espaço das Américas. Foi um showzasso!!! Nem a precariedade do lugar conseguiu segurar uma das melhores bandas da atualidade e seus fãs ardorosos, como eu.

Em geral, na música, o Arctic Monkeys, com o seu álbum Whatever People Say I Am, That's What I'm Not, foi destaque total na mídia porque os caras têm mesmo um som muito legal. Mas, pra mim, Raconteurs com Broken Boy Soldier foi a melhor novidade do ano. Outras coisas bacanas da música em 2006 também incluem:

TV on the Radio – Return to Cookie Mountain
Gnarls Barkley – St. Elsewhere
Wolfmother – Wolfmother
Corinne Bailey Rae
KT Tunstall
John Mayer – Continuum

No cinema, tivemos algumas boas surpresas de filmes independentes como Pequena Miss Sunshine e o brasileiro O ano..., e um filme francês desconcertante que foi, ao meu ver, o melhor do ano. Segue abaixo um TOP 14 dos melhores do ano, a maioria já comentada aqui no blog:

1- Cache
2- The Departed – Os infiltrados
3- Little Miss Sunshine – Pequena Miss Sunshine
4- Thank you for Smoking – Obrigado por fumar
5- Casino Royale
6- O ano em que meus pais saíram de férias
7- El Laberinto del Fauno – O labirinto do fauno
8- Inside Man – O plano perfeito
9- United 93
10- Cidade Baixa
11- Miami Vice
12- Match Point
13- Mission Impossible III
14- Pirates of the Caribbean: Dead Man’s Chest – Piratas do Caribe 2

O ano de 2006 pode não ter sido dos melhores, mas teve seus momentos. Agradecemos esses e esperamos muitos mais e melhores em 2007!!!!!!!!!!!!!!!!!!

See ya next year!!!

quinta-feira, dezembro 21, 2006

James Bond Begins!!!


Buenas,

Seguindo o conceito adotado pelo pessoal da Warner para reviver a franquia dos filmes Batman, voltando às origens do personagem com Batman Begins, os produtores de 007 fizeram o mesmo com James Bond. Aqui em Cassino Royale (Casino Royale, UK – 2006) eles apresentam um Bond mais jovem, mais vigoroso fisicamente, menos experiente, mais bruto e um pouco menos cínico.

O início do filme, como de costume, é acachapante. As cenas em preto e branco de uma luta de Bond (Daniel Craig), na qual ele mata seu primeiro alvo, intercaladas com a conversa com o segundo, são impressionantes. O filme é pura adrenalina, ação e diálogos irônicos, mas sem os gadgets usuais de Bond, com muito braço, muito sangue e muita porrada mesmo.

Desta vez a missão de Bond é vencer o vilão Le Chiffre, que financia traficantes de armas e terroristas, em um jogo de pôquer no Cassino Royale de Montenegro (Montecarlo disfarçada) e assim chantageá-lo para que ele entregue os seus contatos. Com direito a cena de tortura com Bond pelado e tudo, o ritmo do filme é acelerado e as cenas muito bem filmadas. Há um momento em que o filme perde um pouco o seu ritmo, confesso que achei o filme perfeito até essa hora, quando Bond começa a se recuperar em um hospital.

Claro que depois disso ainda há reviravoltas e cenas de ação, mas senti que o filme ficou um pouco meloso. Mesmo assim, Daniel Craig passa na prova com nota máxima e os produtores mostram que um bom personagem com boas histórias pode ser infinito.

See ya!

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Volver, sentir, vivir, reír, llorar


Buenas,

Almodóvar fez novamente. Ele conseguiu fazer um filme estilo dramalhão, comédia, bem espanhol e absolutamente divino. Volver (Espanha, 2006) é uma história de mulheres a beira de um ataque de nervos que conta tudo sobre sua mãe, onde se fala muito com ela, usando saltos altos, ou seja, um pouco de tudo que vimos na obra do talentoso diretor.

Penélope Cruz brilha como Raimunda, personagem central de uma família de três gerações de mulheres, que luta para superar seus traumas e se relacionar. O principal tema do filme é o relacionamento mãe e filha, algo tão delicado e complicado que só Almodóvar consegue retratar como se deve. Raimunda e sua irmã Sole, que perderam os pais num incêndio há meses, vivem em Madri, uma como cabeleireira clandestina e outra com um marido bêbado e desempregado e a filha, fazendo bicos. Quando a tia morre, elas descobrem que a mãe estava cuidando dela e agora elas precisam se relacionar com essa mãe que retornou das cinzas.

Os temas complicados e polêmicos como incesto, morte e família, são apresentados de forma melodramática (bem ao estilo Almodóvar) por ótimas atrizes. A trama do filme é relativamente simples, mas bem interessante e no fundo o que interessa ao diretor é explorar as relações familiares diante de adversidades inimagináveis. As mulheres são o centro desse filme, que quase não tem personagens masculinos, que as coloca em várias molduras diversas de acordo com a ocasião. Para isso o diretor usa sua extravagância nas cores, cenas e diálogos. Uma jóia rara que só poderia ter sido lapidada por esse artesão cuidadoso.

See ya!

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Quer saber pra onde vai o mundo, do jeito que está hoje?


Buenas,

Quem quer saber onde vamos parar se o mundo continuar da forma como está, cheio de intolerância, medo, racismo e xenofobia, deve assistir ao novo filme do diretor mexicano Alfonso Cuarón.

Filhos da Esperança (título infeliz de Children of Men, UK – 2006) é uma ótima produção que trata de assuntos polêmicos de hoje, em um futuro próximo. Em 2027, os seres humanos teriam perdido a capacidade de se reproduzir, o mundo estaria um caos e só a Inglaterra ainda teria uma vida ‘normal’ sob uma ditadura que fecha o país para qualquer imigrante ilegal.

O futuro próximo visualizado por Cuarón é bastante sombrio, é um resultado dos líderes que vemos atualmente e das políticas racistas de imigração e de guerra. No meio desse mundo desolado vive Theo (Clive Owen, como sempre muito bom), meio conformado com a guerra urbana que a ditadura trava contra milícias pró-liberdade. Quando sua ex-mulher o procura para ajudar a escoltar a única mulher a ter ficado grávida em 18 anos - uma imigrante ilegal - começam seqüências de ação inacreditáveis.

A história é extremamente relevante e Cuarón a filma de forma pungente, como um soco no estômago do público. Apesar disso, o filme prega a esperança. Além da ótima atuação de Clive Owen o filme também conta com uma participação especial de Julianne Moore e Michael Caine como um hilário ex-hippie.

Algumas seqüências do personagem de Owen tentando passar por um conflito armado são de tirar o fôlego, com a câmera seguindo ele por minutos em uma correria frenética. Direção de primeira.

Um filme que está passando meio despercebido porque foi lançado no Brasil antes que nos Estados Unidos, mas que provavelmente será um dos concorrentes ao Oscar (ou deveria ser).

See ya!

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Crítica de NY elege United 93 melhor filme do ano

Buenas,

Está aí no NY Times e no G1:
http://www.nytimes.com/aponline/movies/AP-Film-New-York-Critics.html?_r=1&ref=movies&oref=slogin

http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,AA1383615-7084,00.html

A crítica norte americana escolheu o filme United 93 como melhor filme do ano. Assisti esse filme ontem em DVD e realmente, achei bastante impressionante. Com um realismo contundente sem ser apelativo, o filme é puro terror. Mas não é aquele tipo de terror onde Freddy Krueger mata todo mundo dando risadas. É uma tensão e um terror reais. Mesmo porque, a gente sabe que aquilo aconteceu.

O filme ganha muitos pontos mostrando uma narrativa simples e direta de como as autoridades receberam as notícias dos seqüestros dos aviões e dos ataques de 11 de setembro de 2001 e o que teria acontecido dentro do fatídico vôo United 93 que caiu próximo a Washington. Um filme pungente. Todos deveriam assistir.

Gostei muito do fato de Martin Scorcese ter ganho melhor diretor, um prêmio justo. Quem sabe esse ano a Academia pare de puxar o saco do Dirty Harry e dê o prêmio a quem merece?

See ya!

I got the blues....

Buenas,

Sem dúvida, uma noite memorável, entre as melhores que já tive! Ver o rei do blues é sempre um prazer, mas sua farewell tour (turnê de despedida) que passou pelo Via Funchal em São Paulo foi o ápice. E eu estava lá!!!! :-)

BB King é uma lenda da música, não dá pra negar. Aos 81 anos de idade ele consegue levar um show com seu carisma, encantar a platéia com sua voz sensacional (dá até arrepios quando ele começa a cantar) e ainda toca a Lucille (pra quem não sabe, é o nome da guitarra dele) primorosamente. É imperdível.

Ele toca desde o blues de raiz e versões de seus sucessos como ‘When love comes to town’ escrita pelo Bono, mas sempre com um toque de improvisação e jam session. As músicas se estendem e juntam-se umas com as outras, vários solos são apresentados pela ótima banda que o acompanha há anos. Além de clássicos como ‘The Thrill is gone’.

Mas BB King hoje é um cara de muita prosa. Ele conversa muito com o público, conta histórias engraçadas, interage mesmo e muito à vontade, como quem já nasceu e passou a vida todo no palco. Ele é muito brincalhão e bem humorado.

Felicidade pura

See ya!

quarta-feira, dezembro 13, 2006

James Blonde chega nessa sexta!!!!


Buenas,

Na sexta estréia no Brasil a mais recente aventura do agente 007, James Bond. Eu sou FANÁTICA da série de Bond e, longe de ser purista, gosto muito das várias fases do espião. Concordo com o que disse o cinéfico Ben Lyons no programa Daily 10 do E!, que o Bond da nossa geração (minha e dele e de quem tem por volta de 30) é o Pierce Brosnan.

Sem dúvida Brosnan tem carisma de sobra e os filmes da série que ele estreleou foram alguns dos melhores, principalmente porque foram atuais. Eu, como fã incondicional de Bond, adorava os filmes da era Sean Connery. A era Roger Moore foi um pouco mais 'trash', em minha opinião, mas eu também gosto muito dessa fase pois os filmes do agente ganharam uma boa dose de humor cínico. Os únicos Bonds que não gostei realmente foram George Lazenby e Timothy Dalton.

Pierce Brosnan trouxe o charme e carisma de Connery aliado ao humor de Roger Moore em tramas fantásticas e futuristas, cheias de tecnologia de ponta. Nem preciso dizer que amei os filmes dessa era.

Sexta surge a nova era de Bond, com o agente James Blonde (porque esse é o único ator loiro que fez esse papel), Daniel Craig na pele do 007. Cassino Royale é o primeiro livro de Ian Fleming e o filme usa isso para imitar Chris Nolan em Batman Begins e mostrar as origens de Bond.

Como ainda não vi o filme, não dá pra dizer muita coisa. O que eu quero realmente comentar é que, pelos trailers e propagandas na TV, parece que esse é o primeiro filme do 007 que realmente leva em conta o público feminino. Em vez de milhares de mulheres semi-nuas, saindo do mar de biquini, o filme terá uma cena de Daniel Craig saindo do mar de sunga. Só isso já vale o ingresso do cinema! (dá uma olhada na foto)

See ya!

terça-feira, dezembro 12, 2006

Um médio truque


Buenas,

Está em cartaz em São Paulo o filme O Grande Truque (The Prestige, EUA – 2006), filme dirigido por Christopher Nolan e estrelado por Hugh Jackman, Christian Bale, Michael Caine e Scarlett Johanson.

Gosto muito do estilo de direção do Chris Nolan e esse filme, apesar de muito bom, talvez seja um de seus mais fracos. Com uma boa história e ótimos atores, o excesso de flash backs e uma surpresa facilmente detectável acabam tornando o filme divertido sem ser nada especial. Não levem a mal, o filme é bacana e entretém, mas sabe quando falta alguma coisa?

O filme conta a história de dois mágicos na Inglaterra vitoriana que viram rivais tipo arqui-inimigos, obcecados com a destruição um do outro. Como de costume nos filmes de Nolan, a história é contada por meio de flash backs misturados, sem uma estrutura linear. Esse truque que visa confundir mais o expectador e fazer a revelação final mais intrigante, não funcionou tão bem nesse filme. A grande sacada é facilmente perceptível e olha que eu não sou daquelas que se gaba de ter sabido antes do final que Bruce Willis era um fantasma em O Sexto Sentido.

O filme é interessante, tem uma história cativante, boas atuações e uma participação especialíssima de David Bowie como o inventor Nikola Tesla. Bom entretenimento.

See ya!

PS: Ver os belos Hugh Jackman e Christian Bale na tela por duas horas, já vale o ingresso!!!

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Pilobolus encanta com dança escultural


Buenas,

Tardo, mas não falho!

Há semanas assisti ao espetáculo da companhia de dança norte-americana Pilobolus, que faz um balé moderno com improvisação, movimentos acrobáticos e coreografias plásticas.

Os bailarinos encantaram com a peça Aquatica, na qual se juntam e fazem um movimento ondulatório imitando o mar. Eles se movem no palco como se o corpo de um fosse a extensão do corpo do outro, é uma experiência impressionante.

As coreografias Pilobolus e Memento Mori também mostram a destreza e criatividade do grupo, mas cansam por serem um pouco longas e mais dramáticas. Já Sweet Purgatory e Walklyndon encantam não só por sua estética, mas pelo uso do humor. Essas duas últimas agradaram muito também às crianças que estavam na platéia, já que usam elementos do humor pastelão do cinema mudo.

Os destaques são os bailarinos Andrew Herro, Manelich Minniefee e Annika Sheaff, que executam com personalidade e destreza as partes mais importantes das coreografias. Uma experiência à parte.

See ya!!

sexta-feira, novembro 24, 2006

Oitentistas sacolejam o esqueleto no Via Funchal


Buenas,

Os oitentistas – pessoas saudosas dos anos 80 – grupo que inclui esta que lhes escreve, estavam todos lá no Via Funchal, na terça passada, esperando ansiosamente que Bernard Summer, Peter Hook e cia desfilassem seus sucessos. E foi o que aconteceu, mais ou menos.

O New Order é uma ótima banda, com muitas músicas bacanas de vários álbuns inspirados. Muitas pessoas saíram do Via Funchal achando que ‘acústica’ estava ruim, que o som não foi tão bom e que faltaram hits.

Eu saí de alma lavada. Não é todo dia que se ouve Love Will Tear Us Apart ao vivo, tocada pelos membros originais do cultuado Joy Division. Nem preciso dizer que adoro Joy Division e que, ao contrário da primeira passagem do New Order pelo Brasil, dessa vez o grupo honrou suas origens e tocou várias boas como Athmosphere e Transmission. Delirante!

Os hits do New Order também estavam lá: Bizarre Love Triangle, Blue Monday, The Perfect Kiss, Regret e True Faith, essa última acabou confundindo um pouco o público porque eles tocaram com um arranjo novo. Sobre a acústica, eu acho que nem é tanto um problema do Via Funchal, mas o Bernard Summer não nasceu vocalista ele ficou vocalista quando o Ian Curtis se matou, portanto não dá pra esperar muito da voz do cara ao vivo, que realmente é meio fraca.

Com muitos hits dançantes, algumas músicas do último álbum e as jóias do Joy Division, o New Order fez um grande show!

See ya!

terça-feira, novembro 21, 2006

Um gênio se retira


Buenas,
Robert Altman faleceu hoje, aos 81 anos de idade, em um hospital em Los Angeles. Não foi divulgada a causa, mas Altman havia sofrido um transplante de coração há alguns anos. Fico feliz que a Academia de Artes e Ciências de Hollywood deu a ele neste ano um merecido Oscar honorário pelo conjunto de sua obra – lifetime achievement award.

Com elencos recheados de estrelas, os filmes de Altman caracterizam-se pela improvisação, um roteiro que deixa os atores soltos para inventarem falas. O resultado disso eram filmes que mais pareciam ‘pedaços da vida’ (slices of life) e não histórias com começo, meio e fim. Sou grande fã de filmes como O Jogador, Gosford Park e Short Cuts, nos quais os atores falam ao mesmo tempo e parece que estamos vendo cenas da vida real.

Quando recebeu o prêmio da academia, Altman disse “I'm very fortunate in my career. I've never had to direct a film I didn't choose or develop. My love for filmmaking has given me an entree to the world and to the human condition". Um cineasta de alma independente que nos deixa com saudades dos filmes que mostra o ser humano como ele é.

See ya!

terça-feira, novembro 14, 2006

Os Infiltrados já nasce clássico do cinema!!


Buenas,

O filme do ano está em cartaz e aconselho todos a correrem pro cinema JÁ!!!!!
Os Infiltrados (The Departed, EUA – 2006) é o mais novo filme do diretor Martin Scorsese que conta com um elenco de estrelas como Jack Nicholson, Leonardo DiCaprio, Matt Damon, Mark Whalberg, Alec Baldwin e Martin Sheen. Voltando às suas raízes, Scorcese faz uma obra prima sobre máfia, polícia e, é claro, agentes infiltrados.

O filme já começa pra lá de bem com “Gimme Shelter” dos Rolling Stones, enquanto as imagens mostram como Colin Sullivan (Matt Damon), se tornou ‘afilhado’ do chefe da máfia irlandesa de Boston, Frank Costello (Nicholson). A história conta como Sullivan virou um policial corrupto que continua ajudando o chefe mafioso, e como William Costigan (DiCaprio), vindo de uma família de mafiosos, vira um policial infiltrado na gangue para conseguir provas e prender Costello. O filme gira em torno dessa dicotomia entre DiCaprio e Damon, gerando incríveis momentos de suspense e uma trama que dá várias reviravoltas.

A refilmagem do filme chinês, Infernal Affairs, é inquestionavelmente superior ao original, trazendo de volta um Scorsese da época de ouro. Nos últimos anos o diretor deu uma derrapada com Gangues de NY, voltou bem com O Aviador, mas não como era em Goodfellas. Os Infiltrados é um de seus melhores trabalhos. A violência bruta, os palavrões, os comentários sarcásticos que rendem muitas risadas e a sensacional atuação do elenco fazem desse filme um clássico já no seu lançamento.

Nicholson está perfeito como Costello, um mafioso sem escrúpulos e muito sacana, bem ao estilo do ator. Damon e DiCaprio dão um show de atuação, um como o elegante e conquistador mau caráter e o outro como o desajustado e perturbado bom moço. O filme não é só altamente imprevisível, como tem um final à altura.

**SPOILER ALERT** quem não quer saber sobre o final, pare de ler aqui.

Não vou dizer como acaba, mas devo dizer que é bem parecido com o final que eu considero um dos melhores do cinema, o de Cães de Aluguel (Reservoir Dogs, EUA – 1992) do Tarantino. Pra bom entendedor....

See ya!!!

Sensibilidade infantil domina as telas


Buenas,

Estamos com sorte! Cinema de primeira qualidade em cartaz por toda a cidade. Dois ótimos filmes que estão em cartaz trazem a sensibilidade das crianças para mostrar o mundo adulto de comportamentos e relacionamentos.

Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sunshine, EUA, 2005)
Um filme independente Americano sobre uma típica família estranha daquelas partes. Todos se juntam, pai, mãe, filho adolescente rebelde, filha pequena, avô drogado e tio gay e suicida para uma inusitada viagem a um concurso de beleza infantil da filha.

Com atuações ótimas e realistas, além de uma história semi-absurda, que chega a ser hilária, o filme encanta por sua simplicidade, seu humor e sua sagacidade crítica para com a sociedade americana. Há momentos de chorar de rir (juro, quase caí da cadeira) e o final deixa todo mundo com aquela sensação gostosa. Imperdível.

O Ano em que meus pais saíram de férias (Brasil, 2006)
1970. Copa do Mundo. Pelé. Ditadura. Infância. Bom Retiro. Judeus. Misture tudo com um roteiro inteligente e você tem o filme de Cao Hamburguer. Os pais de Mauro saem de Belo Horizonte e o deixam às pressas com o avô, no Bom Retiro em São Paulo, e partem para uma temporada de “férias”. Fugindo da repressão dos militares, eles nem percebem que deixam o garoto sozinho, já que o pai de Mauro morre pouco antes de chegarem. Mauro é acolhido pelos vizinhos, em particular um velho judeu chamado Schlomo. A partir daí vemos como o menino se relaciona nesse novo ambiente e como se vira sem os pais.

O filme é delicado e mostra a sociedade de 1970 no Brasil pelos olhos do menino. O público acompanha suas descobertas e seus desencantos. A grande vedete é a Copa de 70, que é mostrada com detalhes e dá uma vontade de torcer e vibrar junto com o pessoal que está na tela. Com um belo roteiro e muito bem realizado, este é definitivamente, um dos melhores filmes brasileiros.

See ya!

segunda-feira, novembro 06, 2006

Huh?

Buenas,

Cartoon também é cultura e essa charge do jornal inglês The Guardian diz tudo:

http://www.guardian.co.uk/cartoons/martinrowson/0,,1940658,00.html

Enforcar alguém nos dias de hoje, por pior criatura que ele seja, não soa um tanto quanto medieval?

Olga é o cara!!!!!!!!!!!!!!!!!!

To Bombay, a travelling circus came
they brought an intelligent elephant, and Nelly was her name
one dark night, she slipped her iron chain
and off she ran to Hindustan and was never seen again
oooooooooooooooooooooooooooooooooaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhh

Buenas,

Mesmo com pouca condição intelectual para fazer qualquer crítica devido ao estado etílico avançado, preciso comentar sobre o show do Toy Dolls que rolou na semana passada no Blen Blen em Sampa.

Um show histórico, pelo menos para moui, que perdi o outro show que eles fizeram aqui em 1990. Toy Dolls é o que há de mais divertido no punk rock. Eles tem um som muito bacana e fazem as maiores sátiras de todo mundo. Num Blen Blen extremamente lotado (nem consegui chegar perto do palco, vi de longe mesmo), eles entraram no palco por volta das 22h40 e tocaram até 0h15. Foram vários sucessos, brincadeiras com o público, muito palavrão e muito punk rock do bom.

Conforme mencionado no primeiro parágrafo, eu não vou fazer uma análise elaborada, mesmo porque eu estava ocupada batendo papo cabeça com o Supla, do tipo:

EU - E aí, papito, fala sério??
SUPLA - Meu, não dá pra falar sério aqui!!!

(vai ver só é muito engraçado depois de muita cerveja e uísque ruim com red bull)

Bom, pra mostrar que foi bem bacana, aí vão alguns vídeos do show:

http://showlivre.uol.com.br/videos.php?video_id=25495&conteudo_id=7196&eventoId=2509&video_aberto=S

'cause I've got ashtma, yes I've got ashtma, yes IIIIIIIII've got ashtma!!!!!!!!!!!

See ya!

terça-feira, outubro 31, 2006

30ª Mostra de Cinema de SP = Organização 0 + Conteúdo 10

Buenas,

Todo ano é a mesma coisa. Fico super ansiosa pela Mostra de Cinema de São Paulo, faço contagem regressiva, pesquiso os filmes que quero ver, tento programar meus horários em torno da mostra... Mas na hora de comprar ingresso e assistir, sempre vemos o mesmo filme de terror. Numa cidade de 18 milhões de habitantes, como São Paulo, custa fazer uma Mostra descente, bem organizada e bem estruturada? Comprar ingresso é sempre um caos, mas o inferno mesmo são as filas pra retirar ingresso (ACREDITE: mesmo pagando uma taxa de R$ 2,40 na Internet pra comprar ingresso adiantado, no CineSesc tive que pegar fila pra retirar o ingresso, faltando 20 minutos pra começar a sessão, atrás de várias pessoas que estavam comprando para um filme que iria passar sete horas depois!!!! Só depois de muita reclamação nos deixaram entrar e ainda tiveram que atrasar o filme pra conseguir colocar pra dentro todos que JÁ tinham ingresso)

Pois é, 30 anos de mostra e muito pouco aprendizado. O duro é que no nosso país tupiniquim, pra ver algumas raridades do cinema só durante a Mostra mesmo, então a gente precisa se submeter a isso. Fora filmes atrasados (Infância Roubada no Unibanco Arteplex atrasou somente 50 minutos pra comçar), monitores que não ajudam em nada, etc. Enfim, dou nota 0 pra organização, mas quanto aos filmes, aí é outra história.

Até agora já vi seis filmes, todos muito bons!!! Está certo que, eu, bem modesta, tenho um bom olho pra escolher filme J, então aí vão as películas que recomendo (três carinhas sorrindo é o mais alto do ranking, ta?):

Infância Roubada (Tsotsi, África do Sul – 2005) :-) :-) :-)
Uma belíssima história passada num gueto da África do Sul, quando um violento jovem líder de uma gangue, que perde as estribeiras com facilidade, descobre uma surpresa quando realiza um assalto. A ‘surpresa’ muda sua rotina e o obriga a rever sua própria história de vida. Um filme delicado, brilhante, com uma trilha sonora fantástica e ótimos atores. Não foi à toa que recebeu o Oscar 2006 de melhor filme estrangeiro.

Hollywoodland – Bastidores da Fama (EUA, 2006) :-) :-) ½
Uma ficcionalização da história verídica do suicídio do ator George Reeves, que interpretava o Superman em um seriado na TV americana nos anos 50. Adrien Brody carrega o filme no papel do detetive que investiga as circunstâncias da morte do ator, interpretado por Ben Affleck, que fez bom trabalho e já é cogitado para o Oscar 2007 de ator coadjuvante. Um tanto quanto melancólico, é uma produção de alto nível com um final que gostei muito.

Sonhos com Xangai (China, 2005) :-) :-)
O filme foca nos encontros e desencontros de duas adolescentes de famílias de Xangai que foram obrigadas a ir morar no interior porque o governo transferiu suas fábricas para lá, durante os anos 80. O filme mostra os conflitos, costumes e crenças da época em questão, por meio das vidas das duas meninas. Belo filme, culturalmente enriquecedor.

Play (Chile/França, 2005) :-) :-)
Um filme estranho, engraçado e interessante, Play mostra a fixação de uma moça do interior que se muda para Santiago para cuidar de um idoso incapacitado, por um rapaz cuja pasta ela encontra no lixo. O filme e os personagens são bem loucos, formando uma obra inusitada.

El Laberinto del Fauno (Espanha/México, 2006) :-) :-)
Mais um bom filme do mexicano Guillermo del Toro. Quem viu Espinazo del Diablo e gostou, também vai gostar deste. A temática é quase a mesma: duas histórias paralelas, a realidade no mundo dos adultos e o fantástico no mundo de uma menina, desenvolvem-se após a guerra civil espanhola. O paralelo que ele faz entre o terror real e a fantasia é bem bonito, mas del Toro precisa mudar de tema para não ficar cansativo.

Os Estados Unidos contra John Lennon (EUA, 2006) :-) :-) :-)
Talvez o único filme da mostra que não dá pra perder, não só porque é um documentário muito bacana que conta a trajetória revolucionária de Lennon, mas também para ver como os americanos também não têm memória e elegeram um Nixon 2, só que ele se chama George Bush. O documentário é bem feito, engraçado, instrutivo e, acima de tudo, faz vc pensar.

That’s all folks!
See ya!

domingo, outubro 29, 2006

Marco Ricca dá show como Ricardo III


Buenas galera,

Aproveitando que fui até a FAAP para ver a exposição Deuses Gregos, acabei comprando os ingressos e vi a peça Ricardo III, adaptada e dirigida por Jô Soaraes e estrelada por Marco Ricca.

A peça de Shakespeare conta a história de como Ricardo III chegou ao trono da Inglaterra. Depois de 30 anos de guerra civil termina o conflito entre o clã de York e o clã de Lancaster. Com a morte do rei Henrique Lancaster e de seu filho, assume o poder Eduardo, primogênito da família York, graças ao comando vitorioso de seu irmão mais moço, Ricardo que, apesar da deformidade física, foi o grande comandante da vitória. A partir daí, Ricardo fomenta conspirações, alia-se a parceiros a quem trai sem culpa, ordena a morte de todos os que podem impedir sua chegada ao poder. Disposto a tudo para assumir o trono, Ricardo III é a definitiva caracterização da ambição.

Brilhantemente interpretado por Marco Ricca, o personagem de Ricardo é tão cruel, mentiroso e maquiavélico que deveríamos ficar com ódio por tudo o que ele faz para ter o poder. Mas, ao mesmo tempo, o personagem é tão inteligente, coerente e honesto na sua maldade, que é difícil não torcer só um pouquinho pra ele. É impressionante a forma como ele manipula tudo e todos e também como o poder, e a forma como ele o consegue, passam a atormentá-lo e fazer dele uma pessoa perseguida por sua culpa.

Uma bela peça, muito bem encenada, com um elenco de primeira que conta também com Glória Menezes, Denise Fraga e Ary França, além do belo Rodrigo Lombardi que será um grande prazer para a audiência feminina assistir. Apesar de uma atriz coadjuvante mais fraca, que faz o papel de Ana, a peça acaba sendo uma das melhores dos últimos tempos.

See ya!

Deuses Gregos em Sampa


Buenas!

Sei que esse espaço está um tanto quanto negligenciado, mas tem muita coisa bacana que andei fazendo nessas últimas semanas (só não consegui escrever hehe).

Uma ótima dica é a exposição Deuses Gregos que está na FAAP. Vale a pena ir lá conferir, principalmente porque é grátis! Mas não só por isso. Graças aos céus, as exposições aqui em São Paulo estão começando a ficar com cara de primeiro mundo e essa é uma delas. Imagens de deuses, dádivas preciosas, santuários e aspectos do antigo ritual e da música oferecidos às divindades gregas são os principais destaques, além de esculturas dionisíacas que serão apresentadas em um jardim de uma vila romana. As peças todas vêm do museu Pergamon de Berlim.

A exposição, que não é tão grande (dá pra ver em uma hora, tem cerca de 200 obras), está instalada de uma forma linda que insinua a forma como as obras estavam originalmente na Grécia. Por exemplo, os bustos no jardim e a muralha esculpida de um templo é exibida como originalmente era, na parede. Por tudo isso, acho que vale uma parada lá para conferir.

That’t it folks!
See ya!

segunda-feira, setembro 25, 2006

Emily, coma um sanduíche-íche!!!

Buenas people,

Claro que fui assistir “O Diabo Veste Prada” (The Devil Wears Prada, EUA – 2006) nesse fim de semana e devo dizer que o filme é a Meryl Streep. Bom, que novidade também! Ela é a maior atriz da atualidade e dá show em praticamente qualquer papel. Mas ela brilha muito como a megera editora de moda da revista Runway, Miranda Priestley, nessa adaptação para as telas do livro de Lauren Weinsberg.

Aliás, adaptação fraca, hein? Tudo bem que quando se passa uma história de livro para filme, a história precisa ser condensada, muitas vezes personagens são cortados, entre outras mudanças. Mas mudar o âmago dos personagens, essa foi a primeira! O livro tem um final feliz pra protagonista, mas no filme eles precisavam colocar um final feliz PRA TODO MUNDO?

Bom, esclarecendo um pouco... No livro, a jornalista recém-formada, Andy Sachs, consegue um emprego na revista de moda Runway, trabalhando como segunda assistente na editora mais conhecida no mundo da moda, Miranda Priestley. No livro, ela come o pão que o diabo amassou, assim como no filme, sempre com um bom nível de sarcasmo e bom senso. Já no filme, Andy vira uma verdadeira bolha. No livro, Andy se dá mal e depois mergulha de cabeça no mundo da moda para provar para a bruxa Miranda que ela é capaz de tudo. No filme elas acabam até formando um vínculo que banalizou a história e transformou em estilo “comédia-romântica”.

No meio disso tudo brilham as maravilhosas produções de moda de Patrícia Field (a que fazia a produção de moda de Sex & The City) e a histérica assistente número 1 da Miranda, a Emily. Essa personagem é fiel ao livro e está perfeita!! Aliás, o melhor é a dieta dela: não comer nada e quando estiver para desmaiar comer um pedaço de queijo.

Mas o melhor do filme é a interpretação da Meryl Streep. Ela brilha em praticamente qualquer papel, mas como vilã, está fantástica e cheia de classe. Ela é a encarnação perfeita da chefe-monstro que muita gente vai reconhecer (eu sei, já tive uma chefe monstro mas que não tinha nem metade do charme, da classe e da competência da Miranda Priestley). Sua representação é o melhor do filme e poderia ter sido perfeita se o roteiro tivesse mantido a integridade dos personagens de acordo com o livro. Well, cest la vie!

See ya!

segunda-feira, setembro 18, 2006

O SHOW DO ANO – Franz incendeia Sampa!!!!!

Buenas pessoas,

É isso aí galera, esse foi o show do ano!!!!! Eles vieram, viram e venceram!!! Um show magnífico, no qual tocaram todos os hits e muito mais, com uma super interação com o público e uma descontração e energia invejáveis.

Estou até pensando se vou vender meu ingresso do New Order, porque qualquer show que eu for assistir agora vai ser um anti-clímax!!

Brincadeira! Não vou vender o ingresso do New Order, mas vai ser muito difícil qualquer show superar o que foi o do Franz Ferdinand no sábado, no Espaço das Américas. Música. Muita música boa, energia concentrada e positiva. Catarse geral.

Quase 2h00 da manhã, eles entram no palco de um Espaço das Américas lotado e abafadíssimo. Isso não impediu que o público pulasse, gritasse e cantasse todas as músicas desse grupo escocês que está no seu auge de sucesso. Começaram com “This Boy” e foram desfilando as prediletas do público com canções até inéditas. O público cantou, a plenos pulmões, todos os hits: "Walk Away", "Take me out", "Do You Want To", "Jacqueline" e “This Fire”. Eu já achava eles ótimos mas, depois desse show, estou convencida que os caras não têm nenhuma música chata. Quem não gosta de Franz é ruim da cabeça ou doente do pé!!

Mesmo estando naquela sauna, perto ou longe do palco, não importa onde você estivesse, não dava pra ficar parado. Eles mandaram ver com todo o coração e fizeram os fãs se refestelarem. Devo dizer que saí de alma lavada!!

Agora, isso sim é que é um show de rock!! Com direito à destruição total da bateria no final, após uma performance pesada e maravilhosa de “This Fire”.

As good as it gets!

See ya!

domingo, setembro 17, 2006

Vem aí...

Segura aí que já vou falar do melhor show do ano - FRANZ FERDINAND!!!!!!!
E de um filme mais ou menos chamado Xeque Mate (Lucky Number Slevin, EUA - 2006).

Culebras y Sam Jackson en el avión


Buenas people,

Na semana passada assisti a esse novo clássico do cinema trash, Snakes on the Plane (Serpentes à bordo em português, EUA – 2006). Antes do início da produção, a idéia do filme vazou na Internet e todo mundo ficou entusiasmado. Várias pessoas criaram blogs de discussão sobre como deveria ser o roteiro, muitos criaram trailers fictícios para o filme. O filme já é tão famoso e esperado, que para muitos, foi uma desilusão.

Desde o começo a coisa foi simples: a idéia de muitas cobras soltas em uma avião cheio de passageiros em pleno vôo. Bom, qualquer pessoa em sã consciência sabe que com uma premissa como essa, não dá pra fazer um filme sério. O objetivo do filme sempre foi ser algo trash, estilo de filme que é uma comédia não intencional, que tem roteiro banal, diálogos estúpicos, muitos clichês e cenas tão absurdas que só podem ser cômicas. E o filme é tudo isso.

Aliás, Plan 9 from outer space perdeu sua coroa do filme mais trash da história. Snakes ganha disparado!!! Os diálogos são idiotas desde o início. Sam Jackson está super cool, como sempre, e a presença dele na tela já é parte da diversão garantida. Se vc for assistir a Snakes achando que vai ser um filme de aventura ou de terror, nem vá. Tem que ir com o espírito preparado: o filme é uma comédia escrachada, no estilo Top Gun, Apertem os Cintos que o Piloto Sumiu, e outras tantas dos anos 80, misturada com os filmes que tentavam fazer terror na época e passavam sempre no SBT, como Bebê Assassino e Aligator. Apesar da história de Snakes se passar na época atual, o filme parece saído direto dos anos 80.

Com tudo isso em mente, o filme começa mostrando o Havaí, praias lindas, um bom reggae, nada a ver com cobras no avião. Um rapaz havaiano testemunha, sem querer, o assassinato de um promotor por um chefe da máfia. Essa cena já é hilária em si, porque o diálogo é completamente clichê, algo mais ou menos assim:

Mafioso Assassino (enquanto bate num cara todo ensanguentado pendurado pelos pés) – Se vc não fosse tão certinho, poderia viver e poupar sua família de tudo o que vão passar!

Promotor (pendurado pelos pés, ensanguentado) – Eu jamais faria nada ilegal, muito menos por um bandido como vc, Eddie Kim!!! (claro que ele precisava falar o nome completo do vilão, assim a testemunha não terá dúvidas na identificação)

Fala sério...

Daí em diante, é só risada. Sam Jackson é um policial que precisa levar o rapaz até Los Angeles para testemunhar contra o mafioso, Eddie Kim, que descobre em que avião ele fará isso e coloca vários caixotes de flores cheios de cobras venenosas dentro, para serem liberadas durante o vôo e tentar derrubar o avião. Todos os clichês de pessoas chatas que vc encontra no avião estão lá: o executivo que só reclama de tudo, a patricinha chatinha com um cachorrinho estilo Paris Hilton, a celebridade e sua posse, as crianças sozinhas que vão encontrar a mãe em LA, etc.

Bom, nem precisa dizer que as cobras fazem a festa no avião. O legal é que eles dizem que elas foram borrifadas com feromônio, e por isso elas ficam agressivas. Tudo bem, mas eu nunca vi cobra pular e morder as pessoas no peito e no pescoço como se fosse cachorros. Só em Snakes mesmo. As cenas de morte são, ao mesmo tempo, cômicas e nojentas, típicas de filmes de terror trash dos anos 80. As primeiras mortes são de chorar de rir, quando a cobra morde o seio de uma mulher que estava transando com o namorado no banheiro do avião, ou outra que morde o “aparelho” de um cara que foi ao banheiro.

Daí em diante é muita ação, diálogos absurdos, muita morte nojenta e várias risadas. O filme fica um pouco chato em certo momento, mas quando Sam Jackson fala a célebre frase: I've had it with these motherfucking snakes in this motherfucking plane!!! Aí a coisa fica agitada e engraçada de novo.

Só para aquelas pessoas que têm muito senso de humor (e um senso de humor um tanto quanto distorcido hehe).

See ya!

quarta-feira, setembro 06, 2006

TUDO DE BOM!!!!!!!!!!


If there's music in the night,
And it's really, really right,
It's the only thing I need.
It intoxicates your mind
All your troubles left behind
So come on and take my lead.
It's not just me who feels it
Music plays a mind trick
Watch me forget about missing you

Buenas galera,

É isso aí que está na letra da música... O show do Jamie Cullum prega um truque na sua mente e você não quer mais sair do estado de graça que ele deixa.

Tudo de bom nem começa a descrever o show do rapaz! A música dele já é fantástica, mas a performance é outra coisa. É sensacional!!!

Com muito carisma, simpatia e graça, Jamie interage com o público o tempo todo, inclusive quando ele desce do palco e canta uma música inteira, passeando pela platéia, ou na última música, quando ele convida a platéia a subir ao palco com ele e toca cercado pelo público.

Eu fiquei pensando no que eu iria colocar no título, algo que destacasse o ponto alto do show. Mas não dá pra fazer isso, porque sempre que eu achava que era o ponto alto, ele ia e se superava. O show inteiro é um ponto alto. Ele é o ponto alto!!!

Já começa a apresentação com muito entusiasmo, subindo no piano, pulando do piano e dançando. Ele toca em pé, sentado, de qualquer jeito, passando toda sua intensidade para o público.

Além dos covers de jazz maravilhosos - What a difference a day makes, I get a kick out of you, Singing in the rain – Jamie tem composições próprias que são ainda melhores, como Twentysomething, a lindíssima These are the days e a incrível Mind Trick (da letra acima).

Durante o show o moço professou várias vezes o seu amor pelo Brasil. Não só mencionando a namorada brasileira umas três ou quatro vezes (Isabela, vc é sortuda, não se esqueça!!!), mas também dizendo que para um músico de jazz era uma honra tocar no país que criou um estilo particular do gênero. Também na parte, tributo ao Brasil, teve a participação especial de Maria Rita, cantando Singing in the Rain e God com ele.

Mas o amor pelo Brasil não pára aqui. A música London Skies foi explicada como uma composição para tentar fazer sua namorada brasileira gostar ou ver beleza no céu cinzento de Londres, a cidade natal de Jamie. Além disso, no final, ele inclui um pouco de samba para que ela não sinta falta do carnaval. Ele mesmo toca bumbo e faz uma bela batucada com sua banda.

Além do piano e do bumbo, o rapaz também toca bateria em uma música e na própria London Skies ele encara o violão (será que tem algum instrumento que ele NÃO toca?). Tem! Logo no início do show, ele pega um trompete e finge que está tocando, mas faz os sons do instrumento com sua voz. Sensacional! Muito criativo, ele faz essas brincadeiras que acabam conquistando a platéia, como quando ele começa a batucar com as mãos na parte de madeira do piano (sem usar as teclas) fazendo um ritmo de música e cantando Dontcha das Pussycat Dolls. Mas o melhor é que no último verso, em vez de dizer o verso “Dontcha wish your girlfriend was hot like me” ele canta “Dontcha wish your boyfriend was short like me”, fazendo alusão a sua estatura. Nem precisa dizer que o público feminino inteiro quer levar ele pra casa, né?

Além de Pussycat Dolls e muito jazz, seu repertório variado inclui um lindo cover de Rocket Man de Elton John e outro belíssimo de High and Dry do Radiohead.

Mas o impressionante mesmo, é quando ele brinca com os instrumentos e com sua voz, que é incrível! Ele começa a cantar a capela, mas sem microfone. A voz dele se projeta e todo mundo consegue ouvi-lo da platéia. Aos poucos ele vai se aproximando do microfone e suavizando o tom, fazendo um show a parte só com suas cordas vocais.

Enfim, difícil escolher um momento especial do show, porque ele é inteiro cheio de surpresas e momentos mais do que bacanas. Foi imperdível!! Certamente um dos pontos altos da minha vida.

See ya!

terça-feira, setembro 05, 2006

Crikey


Buenas galera,

Ontem o mundo ficou um pouquinho mais triste....

Faleceu Steve Irwin, mais conhecido como o Crocodile Hunter, um australiano que tinha programas de TV e fazia documentários sobre animais selvagens, mais especificamente crocodilos e cobras.

Stevo era um cara bacana, com um jeitão australiano caipira, que a maioria na Austrália tinha até um pouco de vergonha. Sua simpatia, jeito exagerado de falar e de fazer as coisas, conquistou milhões no mundo. Esse texto do Guardian fala desse fenômeno, querido em todo o mundo e um pouco desprezado na Austrália:

http://blogs.guardian.co.uk/news/archives/2006/09/04/death_of_a_showman.html

Para mim, Stevo era um exemplo (um pouco exagerado, claro) do típico australiano: boa praça, alegre e com uma inocência genuína que fazia dele amado principalmente pelas crianças.

Stevo, you’ll be missed!

sexta-feira, setembro 01, 2006

desConhecimento

Buenas pessoas,

Para alegrar a sexta-feira, é só dar uma olhada na sátira da Wikipedia (enciclopédia on-line), a Uncyclopedia:

http://uncyclopedia.org/wiki/Main_Page

Dá um search Brazil e vc acha uma absurda descrição do Brasil (pensando bem, se você olhar na parte de políticos, talvez nem seja tão absurda assim)

http://uncyclopedia.org/wiki/Brazil

E a matéria sobre o encontro do Bush com seus economic advisors também é muito boa (a chamada está na página inicial, à direita, in the news, quarta matéria).

Qualquer um pode mandar artigos e editar!! A versão brasileira é:

http://desciclo.pedia.ws/wiki/P%C3%A1gina_principal

Enjoy! TGIF!

See ya!

quinta-feira, agosto 24, 2006

Comentário rápido....

I´VE HAD IT WITH THESE MOTHERFUCKING SNAKES IN THIS MOTHERFUCKING PLANE!!!!!!!

http://film.guardian.co.uk/features/featurepages/0,,1856469,00.html

Para os amantes de filme trash... contagem regressiva!

Thank you for smoking (but not on this column)


Buenas,

Nesse fim de semana assisti um filme muito bacana e politicamente incorreto chamado “Obrigado por Fumar” (Thank you for Smoking, EUA - 2005). O filme faz uma ácida crítica à sociedade norte-americana por usar a liberdade de expressão para manipular as pessoas e vender o que dá mais lucro, mesmo sabendo que faz mal.

O filme mostra os extremos. De um lado, um lobista da indústria de tabaco chamado Nick Naylor (interpretado magistralmente pelo Aaron Eckhart), que usa a liberdade de expressão para manipular a audiência de programas de TV, jornalistas e até o próprio filho, defendendo o fumo. Enquanto ele vive bem e cria o filho com valores totalmente distorcidos, do outro lado o filme mostra um congressista fanático que quer colocar um rótulo de veneno (uma caveira e dois ossos cruzados) nos maços de cigarros.

Nessa história, ninguém é muito santo, nem quem, supostamente, está do lado do “bem”. Todo mundo manipula todo mundo. A jornalista seduz o lobista para conseguir a história bombástica dela, o congressista usa crianças com câncer em programas de TV para fazer a sua plataforma parecer mais dramática. Ou seja, o lobista até que nem é tão ruim.

O filme é uma sátira e acaba sendo bastante engraçado, no estilo de piadas politicamente incorretas. Quanto mais cafajestadas os caras fazem na tela, mais a gente dá risada.

QUEM NÃO QUISER SABER SOBRE O FINAL, PARE DE LER AQUI.

Inteligente e instigante, a idéia do filme é cutucar mesmo. O diretor e roteirista Jason Reitman acertou em fazer um filme incorreto do início ao fim. Ele levou anos para conseguir filmar o projeto, porque todos os estúdios diziam a ele que o lobista tinha que se ferrar e se arrepender de seus pecados no final. O lobista até se ferra, mas depois ele sai por cima sem mudar seus valores, que é o que torna o filme mais realista, apesar de acharmos absurdo. Você sai do cinema sabendo que ser manipulador compensa e que não importa se você acreditar ou fizer a coisa errada, se você consegue convencer as pessoas com sua lábia, está tudo bem.

E do outro lado, o congressista consegue o que ele quer, com uma solução absurda e ridícula mas que, aparentemente, está se tornando realidade!! PASMEM!! Vejam o link abaixo... Isso não é ficção, é notícia mesmo:

http://commentisfree.guardian.co.uk/david_boaz/2006/08/political_correctness_from_car.html

Pois é… o mundo ficou louco mesmo!! Eu não fumo e nem gosto, mas respeito quem o faz em seu próprio espaço (sem incomodar os outros) e também acho que não se pode mudar a história. Mas isso já é um novo post....

A única coisa que eu mudaria no filme de Reitman é a forma tradicional que ele usou pra contar a história. Como em qualquer filme clássico, o lobista Nick Naylor acaba se tornando o herói da história. Porque, por mais que ele seja errado, o filme mostra os outros todos muito piores do que ele. E, no final, como era de se esperar, nosso herói (ou anti?) se dá bem e todo mundo que o ferrou (principalmente o chefe e a jornalista) se dão mal. Nesse ponto o filme usa e abusa da fórmula hollywoodiana.

Mesmo assim, o argumento continua sendo muito bom, o filme é muito engraçado e a atuação de Eckhart vale a pena ser conferida.

See ya!
PS - Gostaria de lembrar que esse é um blog interativo. Sugestões, comentários, elogios e até críticas são bem-vindos!

quarta-feira, agosto 23, 2006

Downsizing chegou à Hollywood


Buenas galera,

Parece que acabou a época de vacas gordas em Hollywood... Estou falando de salários, é claro! (imagina, não existe uma mulher gorda se quer nas proximidades da Califórnia)

A revista de cinema Premiere (http://www.premiere.com/) fez uma matéria em julho sobre se os atores realmente valiam o cachê deles, ou seja, se o que o estúdio paga para o ator vale a pena pela quantidade de público que ele/ela atrai. Agora a Paramount anuncia que eles NÃO QUEREM RENOVAR O CONTRATO DO TOM CRUISE!!!

http://film.guardian.co.uk/news/story/0,,1856388,00.html

Tudo bem que o Tommy boy está meio lelé da cuca há algum tempo. Além de ficar brigando pelos jornais com a Brooke Shields porque ela tomou remédio para depressão pós-parto, ele ainda ficou pulando no sofá da Oprah pra mostrar que estava amando.... tsi tsi.... Nada saudável! Tem até um site hilário sobre a loucura do Cruiser:

http://www.tomcruiseisnuts.com/

Biruta ou não, TC ainda é o cara que mais dá dinheiro pra Hollywood e, se ele está sendo dispensado por um grande estúdio é sinal de que a coisa está preta por lá.

That’s it folks! See ya!

segunda-feira, agosto 21, 2006

Depois de um longo e tenebroso inverno.... as bandas internacionais voltam ao Brasil para muitos shows bacanas!!!!

Buenas a todos!!!

Depois de um período sabático de inverno e Copa do Mundo, os shows internacionais voltam ao país com força total neste segundo semestre.
Dá uma olhada na lista:

06/Set - Campari Rock no Via Funchal
Cardigans !!!!
Gang Of Four !!!!!

08/ Set – The Ataris no Credicard Hall

16/Set - Motomix Art Music no Espaço das Américas
Art Brut
Peter Hook, do New Order, DJ set
Radio 4
Franz Ferdinand !!!!!

1/Out – NOFX no Credicard Hall

26 a 29/Out – TIM Festival no Auditório Ibirapuera e no Anhembi
Beastie Boys !!!!!!
Clap Your Hands Say Yeah (ainda não está 100% confirmado)
Daft Punk !!!!!
Devendra Banhart
Patti Smith !!!!!
Yeah Yeah Yeahs !!!!

13 e 14/Nov – New Orders no Via Funchal

Fora o Robbie Williams que (dizem) vai tocar no Estádio do Flamengo, no Rio, dia 18/10....

Bom, é isso aí. Agora é correr pra garantir seu ingresso e aproveitar muito!

See ya!!

segunda-feira, agosto 14, 2006

Vai saber, sei lá, nunca se sábado!!!!!

Buenas buenas!

Essa é uma super dica pra quem quer desopilar o fígado!!

Neste fim de semana fui assistir à peça de teatro “Nunca Se Sábado”, no Teatro Folha, no Shopping Pátio Higienópolis. A peça é inspirada no programa de TV norte-americano, Saturday Night Life, que consiste em esquetes cômicas representadas por seu elenco fixo e por um convidado que muda a cada semana. Quem assiste SNL sabe que o humor é acido e que a é um dos poucos programas que faz críticas ao governo americano.

O Nunca Se Sábado é a versão brasileira do SNL, com pequenas diferenças. Além do elenco fixo, chamado de “Cia do Pátio”, a cada sábado se apresentam três grupos de teatro/comédia diferentes. Cada um faz três esquetes e, no final, o público dá uma nota para todos os grupos. O grupo com a melhor nota dá lugar a outro na próxima semana, enquanto os com as maiores notas permanecem. Além disso, tem o convidado especial semanal.

No sábado passado assistimos aos grupos “Pessoal do Vacalhau”, “Quarteto em Rir Maior” e “Amigos de Baco” e como convidada especial a Drag Queen Nany People. Nem preciso dizer que foi hilário.

O Pessoal do Vacalhau, que fala com sotaque português e troca o B pelo V, fez esquetes demonstrando como são as novelas (ou nubelas, como eles pronunciam) das 18h00, 19h00 e 20h00, além de uma nubela mexicana. Era de chorar de rir.

Já o Quarteto em Rir Maior apresentou três histórias bem diferentes. A primeira, menos engraçada, sobre monges. Na segunda um dos integrantes fazia um discurso em alemão (claro, com um monte de besteiras em português com sotaque alemão no meio e ainda uma ótima piada com Schummacher e Barrichelo) como se fosse Hitler, ridicularizado. Foi hilário... mas o terceiro foi ótimo... eles imitaram os Menudos!

O outro grupo fazia esquetes mais físicas, com um humor parecido de palhaços de circo. Também foi bem engraçado, mas nem tanto quanto os outros. E não fui só eu quem achou, porque já vi que na programação dessa semana, o Pessoal do Vacalhau e o Quarteto em Rir Maior permanecem.

A Nany People também teve uma participação muito engraçada, em esquetes que misturam um humor bem pontual com a palhaçada.

Como eu disse, para rir muito e that´s all!

See ya!

segunda-feira, julho 31, 2006

Não é filme de terror, é a vida real...

Hoje, nessa fria e escura segunda-feira, eu recomendo a todos a leitura do blog do cartunista Mazen Kerbaj que, com inteligência transforma o horror em mensagens de alerta:
http://mazenkerblog.blogspot.com/
Não acho que serei capaz de esquecer as palavras de Mazen.

Também recomendo a leitura da matéria do jornal inglês The Guardian:
http://www.guardian.co.uk/israel/Story/0,,1833884,00.html

Eu devo dizer que sou uma fã do gênero filmes de terror, mas esse está cruel demais... nem Jason e Freddy Krugger juntos conseguiriam tanta maldade....

sexta-feira, julho 28, 2006

Jack is back!!!


Buenas!!!
Nem preciso dizer que fui assistir “Piratas do Caribe 2 – O Baú da Morte” (Pirates of the Caribbean 2 – Dead Man’s Chest, EUA 2006). O filme está fazendo história nos EUA por ser a maior bilheteria de todos os tempos (primeiro recorde) e estar há mais de três semanas em primeiro lugar nas bilheterias (segundo recorde). Os caras da Disney não conseguem parar de rir, ou melhor, só o fazem para nadar na grana que eles estão ganhando. Mas o filme merece tudo isso...

Claro, não vamos aqui pensar que estamos falando de um filme que ganharia o Festival de Cannes, um filme denso, daqueles que muda a sua vida, ou algo assim. O filme é, e sempre pretendeu ser, uma aventura/comédia da Disney, extremamente bem-feita, com um ótimo roteiro, um ótimo elenco (aliás, sem dúvida, assim como no primeiro, o melhor do filme é o Johnny Depp!!), efeitos bárbaros e tudo muito bem amarrado por um bom diretor, que é Gore Verbinski.

A história é bem mais rocambolesca que a do primeiro filme (se é que isso é possível!) e fica mais complicada porque não tem uma conclusão, o final deixa você esperando pelo terceiro filme da série para resolver tudo. Mas a história é mais ou menos assim: Jack (Johnny Depp) e sua tripulação no Black Pearl estão atrás de um baú que contém algo muito valioso. Chega em Port Royal, no dia do casamento de Will Turner (Orlando Bloom) e Elizabeth (Keira Knightley), um representante da marinha mercante com ordens para prender e executar o belo casal.... a não ser que Will ache Jack e encontre o baú e traga para o maléfico representante da marinha. Bom, aí começa a história.

O filme é bastante divertido. Dessa vez a Disney investiu pesado no humor, porque percebeu que esse foi o ponto algo do primeiro filme. Agora não é só Jack que é hilário, mas todos os personagens estão um pouco engraçadinhos. Mas a vedete deste filme volta a ser aquele personagem aloprado que Johnny Depp criou no primeiro: Capitain Jack Sparrow – uma espécie de Keith Richards, sempre bêbado e meio afetado. Há de se reconhecer que um ator é brilhante quando ele pega um papel em um filme da Disney e transforma em um mito. Jack é um mito. Johnny é um mito.

Vá ver o mito!

See ya!

quinta-feira, julho 20, 2006

A Épica Revolucionária Cubana


Buenas chicos y chicas!!
Chegou a São Paulo uma belíssima exposição de fotografias da revolução cubana, com seleção de 69 imagens tiradas por consagrados fotógrafos como Alberto Dias (Korda), Osvaldo Salas, Roberto Salas, Libório Nival e outros. É um programa imperdível para quem gosta de fotografia, ou para quem gosta de história, ou para quem gosta de design ou quem gosta do tema. Basicamemte, é imperdível para todos!!

A exposição acontece na Galeria do Senac Lapa Scipião entre 13 de julho e 18 de agosto de 2006, tem curadoria de Nelson Ramírez de Arellano, fotógrafo e curador chefe da Fototeca de Cuba e co-curadoría de Lourdes Socarrás, Diretora da Fototeca de Cuba, principal instituição cubana de fomento à fotografia e responsável pelo acervo.

As fotos retratam todos os tipos de momentos que aconteceram durante os anos da revolução. Há desde fotos de camponeses com armas, pessoas reunidas, Fidel discursando, como há momentos de descanso de Fidel em uma rede, sua saída da prisão nos Estados Unidos, Che com seu filho, Che fumando charuto e os dois jogando golfe, de uniforme militar, coturno e boina! Além de belas fotos, muito bem feitas, é uma documentação história de valor inestimável.

Além de tudo, quem está trazendo a mostra para o Brasil é o IMEA – Instituto de Mídia e Artes, criado em 2005 pela minha grande amiga Fernanda Cerávolo. O IMEA é um pólo de pesquisa, criação e ensino que visa contribuir diretamente para a formação de uma cultura de inovação no país através do uso de tecnologias de áudio, vídeo, design e imagem, sempre em busca de criatividade, mudança, aprimoramento e disseminação da informação e da cultura (http://www.institutomidiaeartes.com.br/).

Nem preciso dizer que, se você estiver vivo, vá para o Senac e confira essa mostra belíssima.

See ya!

Um sagaz olhar sobre o marido ideal


Buenas,
No domingo fui assistir à peça de teatro “O Marido Ideal”, que está em cartaz em São Paulo, estrelada por Herson Capri, Silvia Pfeifer, Edwin Luisi, Vanessa Gerbelli e outros grandes atores brasileiros.
A peça fala de relacionamentos, integridade, mentira, corrupção e, no meio disso tudo, coloca em dúvida se o marido ideal é realmente.... ideal! Baseada em um livro de Oscar Wilde (O Retrato de Dorian Grey), esse genial escritor que usa do sarcasmo e do humor inteligente e sagaz para mostrar o que há de mais absurdo na natureza humana. Quem gosta do trabalho dele, precisa ver a peça, porque as grandes citações dele estão todas lá, muito bem colocadas pelo ótimo Edwin Luisi.
Não sou expert em teatro, mas acho que essa é uma peça que vale a pena ser vista pela qualidade dos atores, do texto e da produção. (Meninas, os vestidos são liiiiiiindos de morrer!!!)
See ya!

Jennifer Aniston sem sorte com os homens


Buenas,
Outro dia fui assistir ao filme “Separados pelo Casamento” (The Break-up, US-2006), com a Jennifer Aniston e o Vince Vaughn. A brincadeira do título fica por conta do recente (?) divórcio dela com Brad Pitt fora das telas e o caso do filme se tratar de uma história de separação.
Bem escrito, com diálogos inteligentes e engraçados, essa comédia romântica ela o nível desse tipo de filme. A premissa da história é um casal – Brooke (Jennifer Aniston) e Gary (Vince Vaughn) que vive junto, até que um dia ela decide que não dá mais pra agüentar as manias e a falta de consideração dele. Só que nenhum dos dois quer abrir mão do apartamento que está financiado por igual e aí começa a parte cômica da história. Eles têm que viver no mesmo teto até resolver a situação e a casa acaba virando um campo de guerra. O filme tem seus momentos românticos, como quando eles percebem que na verdade estão lutando para não terminar o relacionamento, que na verdade Gary precisava acordar pra vida e entender as necessidades de Brooke. Mas com a boa mão do diretor Peyton Reed (o mesmo de Down with Love – Abaixo o Amor), eles não chegam a estragar essa ótima comédia.
O filme é recheado e atores coadjuvantes sensacionais como Vincent D’Onofrio – um dos irmãos esquisitos de Gary - , Jon Favreau – o melhor amigo de Gary, que é tem momentos de lucidez incrível em meio à uma grande loucura e proporciona um dos melhores momentos do filme - , Jason Bateman – como o amigo e corretor - , e Judy Davis – como a pirada dona da galeria onde Brooke trabalha. Esses caras, junto com o Vince Vaughn, fazem momentos absolutamente hilários.
Quem não quer saber muito sobre o final, pode parar de ler aqui....
O que eu gostei mesmo foi do final que teve um toque de otimismo, sem ser piegas, ridículo e impossível como os finais normais de comédias românticas.
That’s it folks!
See ya!

quinta-feira, junho 22, 2006

Não é só o James Cameron que sabe afundar navio em Hollywood!


Buenas,
Amanhã estréia mais um filme estilo ‘blockbuster’ lançado para o verão americano, a refilmagem de um clássico (?) de 1972, Poseidon.
Para ser sincera, sei que assisti ao filme original na TV, mas não lembro muito bem. A história parece ser a mesma. No luxuoso transatlântico Poseidon acontece uma festa de reveillon, quando uma onda gigantesca com mais de trinta metros (tsunami?) atinge a embarcação com tanta violência que a vira de cabeça para baixo. Grande parte dos passageiros morre no impacto, esmagados ou simplesmente lançados ao mar.
Os sobreviventes ficam confinados no salão de baile, que ainda permanece intacto. Mas um pequeno grupo não acredita que a estrutura do salão agüentará até a chegada do resgate e prefere buscar um modo de chegar ao casco, arriscando-se através de vários níveis de escombros para alcançar a superfície enquanto o navio começa a afundar.
Estabelecida essa premissa, devo dizer que as cenas de ação (e destruição) são sensacionais. Muito realista, o filme é verdadeiramente aflitivo. Os personagens são rasos e estereotipados, já os diálogos são pífios. Algumas conversas parecem de filme de caricatura, como Todo Mundo em Pânico. A boa notícia é que os diálogos constituem somente 5% do filme. Assim a coisa fica tragável. Parece o Titanic, só que sem a história de amor babaca.
As seqüências são bem feitas e deixam o público na beira da poltrona, mas no final algumas cenas começam a ficar um tanto quanto improváveis.
Se você gosta de muita ação, pode ser uma boa pedida, mas não espere grandes atuações ou um roteiro elaborado.
See ya!

quarta-feira, junho 21, 2006

Teatro mistura mídias em São Paulo


Buenas galera,
Recentemente vi duas peças de teatro muito bacanas aqui em São Paulo e as duas têm em comum o fato de incorporar outras mídias na boa e velha linguagem teatral, mudando um pouco a dinâmica entre atores e platéia.
Em Avenida Dropsie, uma peça baseada nas histórias em quadrinhos de Will Eisner, vemos fragmentos e cenas da vida em uma grande cidade. A peça é uma mistura de esquetes, números musicais e cenas sobre os absurdos normais e a solidão coletiva de se viver em uma metrópole.
O cenário é um edifício de três andares no qual vemos, pelas janelas, ou na frente, onde seria a rua, histórias engraçadas, melancólicas que falam das pessoas no meio do aglomerado de cimento. Os diálogos, coreografias e cenas são intercalados com projeções, feitas em uma tela transparente na frente do palco, de frases de Eisner.
O grupo Sutil Companhia de Teatro encena a peça que mistura a leitura, quadrinhos com o teatro e a música, presença marcante nas cenas.
Em Quando Nietzsche chorou, Cássio Escapin faz o papel de Friederich Nietzsche, o filósofo do desespero, que está no limite de uma depressão suicida, incapaz de encontrar cura para suas doenças. Ele acaba procurando um médico que sugere um tratamento pouco ortodoxo: o médico ajuda Nietzsche com remédios e tenta curar seus males físicos, enquanto Nietzsche ajuda o médico com seus males espirituais. Acaba sendo um processo de auto descoberta para os dois, com muitos insights interessantes da filosofia de Nietzsche.
A parte multimídia da peça é bastante interessante. Em vez de ter cinco atores contracenando no palco, somente Nietzsche e o médico estão lá fisicamente. Algumas cenas que envolvem os outros três personagens da trama foram filmadas previamente e são exibidas no telão que faz parte do cenário. Quando vemos as cenas com os outros personagens, o palco escurece e os atores, que praticamente não deixam o palco do início ao fim da peça, ficam parados. Achei um conceito bastante interessante, pois nunca tinha visto uma peça de teatro com personagens reais e outros ‘virtuais’, uma mistura de teatro e cinema.
Há tempos o grupo Ornitorrinco, de Cacá Rosset, já encenava peças misturando música e circo e agora eles estão de volta com Marido vai à caça!, que também deve ser ótima e vale a pena conferir.
That’s it babies!
See ya!

Fofices para ver em DVD (ou vídeo mesmo! Alguém ainda usa isso?)


Buenas people,
Outro dia vi dois filmes muito bacanas, sensíveis e fofos em DVD e quero recomendar que todos os vejam.

O primeiro filme é Caiu do Céu (Millions, UK, 2004), de Danny Boyle, uma história de dois irmãos ingleses, crianças que acabaram de perder a mãe e moram com o pai, que acham uma mala com ₤ 1 milhão, alguns dias antes da Inglaterra converter todo seu dinheiro para Euros. O diretor de Trainspotting, Cova Rasa e Extermínio mostra seu lado mais sensível e faz um filme fofo sem ser piegas.
O irmão mais novo, de 5 anos, é fascinado pela vida dos santos da igreja e tem conceitos éticos muito enraizados, enquanto que o mais velho quer usar o dinheiro para ser popular com sua turma no colégio. O filme discute temas como religião, ética e bondade de forma engraçada e sem ser maçante. Uma verdadeira gema, não dá pra perder.
Já Uma Vida Iluminada (Everything is Illuminated, EUA, 2005), é um filme do ator/diretor (nesse caso só diretor) Liev Schreiber, com Ellijah Woods como um judeu americano que decide ir à Ucrânia encontrar a mulher que teria salvado seu avô dos nazistas.
Lá ele contrata como guias um rapaz ucraniano, que fala um inglês macarrônico (e hilário), e seu avô, que levam ele e o estranho cachorro da família em uma viagem para encontrar a vila onde a pessoa morava.
O filme usa o humor e a sutileza para mostrar o choque de culturas e o horror nazista, mostrando que não é preciso matar criancinhas e derramar muito sangue na tela para isso.
Dois filmes de grande sensibilidade para quem quiser ver o que há além das fórmulas hollywoodianas de sucesso.
See ya!

As conseqüências de nossos atos

Buenas,

Vi recentemente dois filmes interessantes - completamente diferentes - mas com o mesmo tema como premissa básica do roteiro: lidar com as conseqüências dos nossos atos.
Os Três Enterros de Melquiades Estrada é um filme dirigido e estrelado por Tommy Lee Jones, sobre o assassinato de um mexicano ilegal numa cidade de fronteira dos Estados Unidos. Tommy Lee Jones faz o papel do melhor amigo de Melquiades, que é morto acidentalmente por um policial de fronteira. Como o amigo é ilegal e o assassino é policial, a polícia decide não lidar com o caso. Nesse momento o personagem de Tommy Lee resolve atender um pedido do amigo – ser enterrado em sua terra natal no México – e, ao mesmo tempo, vingar a sua morte. Para isso ele seqüestra o policial de fronteira e o leva numa jornada até a terra natal de Melquiades.
O filme é bastante violento e seco. A vida na cidade de fronteira dos Estados Unidos com o México é retratada de uma forma muito realista e bastante dura e crua. São almas perdidas num limbo, os americanos “white-trash” – como o policial de fronteira -, considerados sub-americanos pela elite da nação, e os mexicanos, considerados sub-raça pelos americanos em geral e pelos “white-trash”. Essa mistura torna-se quase tóxica.
A lição final do policial (e do público) é que nossos atos têm conseqüências e que devemos lidar com elas. O que nos traz ao segundo filme. Muito diferente do filme americano, o filme francês Caché (que significa ‘escondido’ em português) também lida com essa premissa, mas de forma muito diferente.
Em Caché, um casal francês de classe média-alta, que vive em uma bela casa com seu filho adolescente, começa a receber estranhas fitas de vídeo, nas quais vêem sua casa sendo vigiada dia e noite. Os ótimos atores Juliette Binoche e Daniel Auteuil fazem do filme ainda mais convincente e impactante
O filme é muito bem feito e deixa mais perguntas do que respostas na cabeça do espectador. Na hora saí com uma interrogação na testa, mas depois fiquei feliz porque um filme que nos deixa perguntas, ativa nossa imaginação, criatividade e inteligência e nos faz lembrar dele em horas inusitadas e durante muito tempo. Eu considero essa uma sensação muito boa.
Achando que as fitas de vídeo são relacionadas com um segredo de seu passado, o marido se sente perseguido por algo que fez durante a sua infância, sente que sempre vai carregar alguma culpa como conseqüência de um ato infantil. Na verdade, o filme nunca confirma as nossas e as expectativas dos personagens, deixando muito para a imaginação. (se não quiser estragar o final, não leia as próximas duas linhas)
Muitas questões ficam no ar: Quem fez as fitas? O filho já sabia? O que ele sabia? Será que foi só o que ele contou que aconteceu mesmo?
No final, é interessante pensar que o filme não acaba quando saímos do cinema e que há ainda inúmeras possibilidades, parece que irá continuar. E como todo bom filme, só continua na nossa cabeça.
That’s all!
See ya!

sexta-feira, junho 16, 2006

Lindas bailarinas no MASP


Buenas a todos!
Na semana passada, fui ao MASP ver a exposição do pintor impressionista francês, Edgar Degas. Suas obras, tanto os quadros como as esculturas em bronze, são belíssimas e merecem ser conferidas.
A especialidade de Degas era retratar o movimento e com isso ele retratou e esculpiu várias bailarinas e cavalos. Mas seu tema favorito eram as bailarinas e ele ficou conhecido justamente por estes quadros. Na exposição do MASP, temos desenhos, quadros e esculturas de diversas fases do artista, assim como alguns quadros de outros pintores de sua época, que o influenciaram o que foram influenciados por ele.
A curiosidade da mostra é a exposição de inúmeros desenhos de Picasso que, conforme explicam, era muito amigo de Degas e o influenciou bastante.
É verdade que temos poucos museus e grandes obras aqui, se compararmos São Paulo com cidades como Nova York, Sydney, Paris, Londres, etc. Acho que essa é uma grande falta nessa cidade que é tão vibrante e tem uma enorme população. Mas sei que dificilmente os grandes museus cederão obras raras (e caríssimas) para serem exibidas em um país com alto grau de criminalidade como o Brasil. Isso tudo para dizer que, claro, a exposição não tem muitas nem as melhores obras do pintor. Mesmo assim, vale a pena ver o que foi trazido e outra parte que já é do acervo do MASP. Já é uma grande façanha termos esse tipo de exposição por aqui.
Arte faz bem pra saúde, porque além de nos trazer beleza e inspiração, também nos abre novas perspectivas. Por isso eu recomendo essa exposição.
That’s all folks!
See ya!

quinta-feira, junho 08, 2006

What a difference a director makes…


Buenas galera!
Vcs conhecem aquela música “What a difference a day makes”, dos anos 50/60? Pois é, que diferença faz um dia, no caso do X-Men 3 – The Last Stand, é como diz o título, que diferença faz um diretor! O ótimo Bryan Singer, diretor dos dois primeiros filmes da trilogia X-Men, não pôde dirigir o último porque foi chamado para dirigir um outro mega-projeto, Superman Returns. Por isso a tarefa de dirigir esse Last Stand ficou para Brett Ratner, um bom diretor de ação que gosta muito de grandes explosões e lutas. Eu achei que a troca fez diferença. Eu adorei os dois primeiros filmes dos X-Men, mas fiquei um tanto quanto entediada neste terceiro.

O filme é bacana, mas não tanto quanto os dois primeiros. Neste, uma suposta “cura” para as mutações é colocada no mercado, com o objetivo de transformar os mutantes em pessoas normais, sem poderes. A revolta é generalizada no universo dos mutantes, mas, como sempre, a turma do mal, liderada por Magneto (Ian McKellen) decide destruir a cura e quebrar tudo, enquanto o grupo da escola, liderado pelo professor Charles Xavier (Patrick Stewart) resolve defender os humanos do ataque da turma do mal.

Os nossos mutantes prediletos estão todos lá: Wolverine, Mystique, Storm, Rogue, Magneto, Pyro, Iceman, Cyclops e a Dra. Jean Grey, renascida com uma personalidade diferente e um poder sem precedentes. Fiquei um pouco decepcionada porque alguns deles têm participações muito pequenas, Ratner resolveu centrar a trama toda em Wolverine e Storm.

Mesmo com muita ação e efeitos especiais, achei que ficou faltando alguma coisa. Para quem não é fanátido dos quadrinhos, faltou o charme e o carisma dos X-Men, que foi o que engajou o público (pelo menos eu) nos dois primeiros filmes. Ficou simplesmente um filme de ação, o que não deixa de ser bom, mas ficou inferior aos dois primeiros.

O final do filme insinua continuação na história, ou seja, a série pode ser retomada ou, como é comentado há anos, podem ser feitos spin-offs com os pernagens – filmes exclusivos de algum X-Men e o mais cotado é o Wolverine.

That’s it babies! See ya!

sexta-feira, maio 19, 2006

Como o Tom Hanks é lerdo pra decifrar o Código Da Vinci...

Buenas galera,
Estou de volta para falar do mega-hiper-ultra-maxi-lançamento, a versão cinematográfica do livro O Código Da Vinci. Hj à tarde fui ao cinema e, como diz minha amiga Regina, “14 anos depois” estou aqui escrevendo sobre o filme.
Para os que não entenderam as indiretas, devo começar dizendo que o filme é loooooooooooooongo. Talvez não seja tanto a duração do filme, mas o seu ritmo. O diretor, Ron Howard, definitivamente não soube passar para a tela a trama com o suspense que há no livro, portanto o filme é chato.
Eu li o livro bem rápido, por alguns motivos. Achei legal o foco de Dan Brown que traz uma teoria original (ou pelo menos, que eu nunca tinha ouvido) sobre um mito/dogma que rege nossa história. Não vou discutir o tema do Santo Graal porque nunca estudei religião ou simbologia a fundo (nem sou tão boa assim de história), mas achei o livro bacaninha e diferente. Além disso, o livro contava com vários focos de ação e cada capítulo terminava com uma surpresa a ser revelada de algum dos focos. Mas o capítulo seguinte era sempre sobre outro foco de ação, então o leitor era obrigado a engolir cada capítulo para saber o final do passado e assim sucessivamente. Uma bela técnica para impor um ritmo dinâmico e um suspense à trama. Pena que o filme não segue essa linha.
Como disse, achei o livro bacana, mas também não me deu vontade de ler nenhum outro livro de Dan Brown e nenhum outro livro do tipo “Decifrando o Código Da Vinci”.
Talvez os mais fanáticos pelo livro e suas teorias gostem do filme mais do que eu gostei, ou talvez odeiem Ron Howard por ter estragado o que eles consideram uma obra-prima literária. Quem sabe? (quem quiser opinar, tem espaço nesse blog, aí embaixo do post, Ok?)
Eu achei o filme bem chato, mas tampouco fiquei com vontade de vaiá-lo, como o público de Cannes o fez. Toda a crítica está escrachando muito o filme, com certa razão. Além da falta de ritmo e de ser demasiado longo, o filme tenta “empacotar” o máximo de informações possíveis do livro em duas horas e meia. Mas isso não funciona, porque cinema e literatura são duas linguagens diferentes. Tudo o que Ron Howard conseguiu fazer foi uma overdose de informações que, para quem leu o livro vai ser chato e para quem não leu, vai ser confuso.
A trilogia O Senhor dos Anéis está aí para provar que uma boa adaptação de livro, muitas vezes, requer omissão de personagens, ações e informações do livro, reconstruindo a trama com base em alguns elementos principais que norteiam a história, sem tirar sua essência. Mas Howard usou outro approach.
O elenco estelar tampouco ajudou muito o filme. Continuo achando que o diretor e o roteirista poderiam ter feito um trabalho melhor, o que facilitaria o trabalho dos atores, que parecem meio patéticos e um tanto quanto exagerados em suas representações.
Enfim, eu sou cinéfila e me sinto na obrigação de ver qualquer filme de grande orçamento (e grande aposta dos produtores), mesmo sabendo que não é bom. Mas para aqueles que não se sentem nessa obrigação, peguem um filme de vídeo essa semana, leiam o livro (se já o fizeram, leiam outro livro), vão ao teatro, ou qualquer outro programa, porque assim vão aproveitar melhor duas horas e meia de suas vidas.
That’s all folks!
See ya!

quarta-feira, maio 17, 2006

Ethan Tom Cruise Hunt acaba com PCC - Missão Impossível 4


Buenas galera,
Quem nos dera esse fosse um filme baseado em fatos reais e nós nos livrássemos do PCC pelas mãos do herói (nas telas e na vida real) Tom Cruise/ Ethan Hunt?
Aí eu caí da cama e acordei pra ir assistir ao mais novo filme do super-Tom, MI3.
A série de filmes, baseada na série de TV (complexo isso, não?), já está em sua terceira aventura, dessa vez sob o comando do criador do programa de TV Alias, JJ Abrams.
Esses filmes estilo blockbuster são sempre bacanas, diversão pipoca, com muita perseguição, efeito especial, explosão e acontecimentos absolutamente impossíveis na vida real (daí o nome da série...).
O primeiro filme, dirigido pelo mestre Brian De Palma, foi absolutamente perfeito. Um filme de ação inteligente e com um roteiro impecável até.... a cena do helicóptero! Sim, essa cena estragou o filme e foi o motivo da briga do diretor com Tom Cruise, que foi quem insistiu em incluir a cena. Pudera, né? O cara está piradaço há algum tempo e faz coisas do tipo dizer que psicologia não é uma ciência e pular no sofá da Oprah pra dizer que ama a Katie Holmes.
Eu achei MI2 o pior filme da “trilogia” (enquanto ainda não fazem o MI4 podemos chamar assim). Pode ser uma coisa pessoal. Eu não curto muito o estilo do diretor John Woo, aquela mistura de ação com poesia. Eu acho que ação é ação, efeitos especiais, mas não tem nada de poético. Por isso achei meio ridícula a perseguição de carro entre Tom Cruise e a mocinha. O filme em geral é Ok.
MI 3 é o melhor da série até o momento. Esse filme é o que mais lembra a série por suas características fundamentais, como as máscaras que os agentes usam pra se passar pelos bandidos. Além disso, tem um roteiro bacana e muito bem executado por JJ Abrams, com as locações mais legais que existem.
Não é uma obra-prima que vá mudar a sua vida, mas o filme é muito bom, não decepciona os fãs de ação. Quem gosta de Alias então, precisa ver, porque o diretor aproveita muitos dos recursos bacanas de sua série no filme, como o atrapalhado técnico da IMF (Impossible Missions Force, organização onde o agente Ethan Hunt, representado por Tom Cruise, trabalha), que lembra o Marshall, técnico da CIA em Alias.
Mas o melhor do filme é o elenco de suporte a Tom Cruise, que está estelar e muito bem escolhido. O vilão é o magnífico Philip Seymour Hoffman, que acaba de ganhar um Oscar por sua atuação em Capote. Ele sempre representou personagens esquisitos e um tanto quanto desagradáveis, portanto ele é perfeito para um vilão!! Ele está tão bom no papel que eu fiquei torcendo para que, no final, ele matasse o Ethan Hunt (Tom Cruise) e sua namoradinha insossa, Julia (Michelle Monaghan). Mas vcs terão que ver o filme para saber o que acontece.....
Além do vilão, a equipe do agente Hunt conta com os ótimos atores Ving Rhames, Keri Russell (lembra da Felicity da TV?), Laurence Fishburne, Jonathan Rhys Meyers (que está ótimo no filme Match Point de Woody Allen), Billy Crudup e Maggie Q. Com esse elenco, é difícil dar errado. Vale conferir.
That’s all folks. See ya!

Olé!!!

Buenas galera,
tudo tranquilo?
Uma rápida dica sócio-cultural para quem curte cultura espanhola e a dança Flamenca (eu amo!!).
O Bar Tres (R. Artur de Azevedo, entre Cristiano Vianna e João Moura) com sua proposta de bar de tapas, apresenta dança flamenca todas as quintas-feiras.
Os tapas são comidinhas espanholas, servidas em fatias de pão - o garçom passa na mesa com uma bandeja e quem quiser se serve e ele anota e vc paga por unidade. É muito bom!! Vale a pena. Nada melhor do que comer isso tomando uma boa sangria!!
Mas o melhor é quinta, quando Deborah Nefussi da escola de flamenco Rayes dança com as meninas do grupo. Elas são ótimas e dança flamenca é sempre muito empolgante. Vale a pena conferir.
É isso aí.
See ya!

terça-feira, maio 16, 2006

The Brits are coming... back!!

As Bandas inglesas dos anos 80 estão de volta. Isso mesmo amigos, os anos 80 continuam com força total nesse revival que começou há alguns anos. E as bandas mais bacanas daquela época estão voltando ao Brasil.
Há duas semanas fui ao show do Echo & The Bunnymen no Credicard Hall. Nesta sexta-feira teremos o Sisters of Mercy, outra banda cool da época.
O Echo fez aquele show de sempre, musicalmente ótimo, sem efeitos pirotécnicos e sem apelação de qualquer tipo. Eu já havia visto a banda duas vezes, uma nos anos 80 (eu estava no colegial) e outra há três anos na Austrália. A banda faz o estilo discreto, deixando para seu vocalista, Ian McCullogh, a comunicação com o público. Ian aparece de óculos escuros, sempre intercalando os versos das canções com tragos de cigarro e goles de bebida. Bom e velho estilo de banda inglesa – low profile baseado na música.
As palavras que Ian murmura para o público entre as músicas não são entendidas, mas são encaradas com simpatia. A banda tocou covers bacanas, de Doors a Beatles, além de intercalar as músicas do disco novo. “Siberia” (que tem músicas muito legais, de volta a velha forma da banda) com os antigos clássicos como Bring on the Dancing Horses, (a belíssima) Killing Moon, Rescue e Seven seas. Deixaram a famosíssima Lips Like Sugar para o primeiro bis.
Ótima diversão para quem gosta de boa música.

“Under blue moon I saw you
So soon you'll take me
Up in your arms
Too late to beg you or cancel it
Though I know it must be the killing time
Unwillingly mine”

The Killing Moon

domingo, março 05, 2006

Oscar bate de frente com George W. Bush

Buenas a todos!!!
Estou aqui a minutos do início da cerimônia do Oscar para falar um pouquinho sobre os filmes escolhidos esse ano. Todos tem algum contexto sócio-político que faz frente às políticas de George Bush - como o Patriot Act que tira a privacidade e os direitos das pessoas (lembra Good Night and Good Luck? pois é, não é por acaso); tentar banir o casamento gay (Brokeback Mountain, anyone?); ou a falta de ação do seu governo diante da situação Israel/Palestina (Munique?!?). Pois é, esse ano a Academia de Hollywood resolveu mandar um forte recado para o líder de seu país. Nada de frivolidades no Oscar 2006.
Os cinco filmes são muito bons. O que é um grande progresso, porque às vezes alguns filmes de qualidade duvidosa são indicados somente pelo dinheiro que ganharam. Não neste ano. Este é o ano para ver todos os indicados com a certeza que vai valer o dinheiro do ingresso.
Senti a falta de O Jardineiro Fiel, para mim, o melhor filme de 2005. Mas falando dos cinco indicados - Brokeback Mountain, Munique, Capote, Good Night and Good Luck e Crash - o melhor de todos é Munique. Isso é uma opinião pessoal e depois vou elaborar porque. Mas os principais candidatos são Brokeback e Crash, os mais cotados para ganhar a estatueta.
Bom, vamos lá ver, né?
Depois eu comento mais sobre o evento e os filmes, agora vou assistir.
See ya!

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Bono é o messias – ele anda sobre a água!!!

Buenas galera!!
Pois é.... passei por uma experiência catártica-messiânica na terça-feira no estádio do Morumbi ao assistir o tão esperado e tão complicado show do U2.
Preciso comentar que conseguir ingressos para esse show foi uma verdadeira Via Crucis. Eu fiquei 12 horas na porcaria do Pão de Açúcar do Real Parque e saí sem ingresso nem senha. Foi a maior sacanagem.... Com a desculpa de que o PdA não era responsável por organizar a fila (então quem era? O Acioly? O Ronaldinho? O próprio Bono? Pena que nenhum deles estava lá pra isso), eles deixaram todo mundo do lado de fora por um portão, enquanto o outro portão ficava aberto para os “clientes” do supermercado. Conclusão: fura-filas, idosos, gestantes, espertos e muita propina depois, só os desonestos conseguiram ingresso naquele ponto.
Fiquei bastante frustrada, especialmente porque um show do U2 com abertura do Franz Ferdinand – a melhor banda da atualidade – é imperdível! Encarei a realidade que o discurso do Bono é realmente vazio e ele só vem para países de terceiro mundo para ganhar muito dinheiro pra ele e para os amiguinhos desonestos dele (Acioly, Ronandinho, Diniz, Niemeyer).
Mesmo assim eu queria ver o show, principamente pelo Franz Ferdinand, uma banda muito bacana que faz rock alternativo dançante da melhor qualidade.
Na hora da compra para o segundo show, a insanidade do telefone, foi a vez de uma amiga minha testar os limites máximos de sua paciência e ela conseguiu!! Conseguimos os ingressos!!! Parecia surreal que fosse tamanha epopéia conseguir ingressos para um show de rock.
Mas quando o U2 entrou no estádio eu descobri que realmente aquilo não era um show de rock.
Antes de entrar nisso, vou falar do show do Franz, que tocou quase uma hora da melhor música que se faz hoje em dia. Muito discretos, os escoceses pareciam estar se divertindo muito com a vinda ao Brasil e a abertura aos shows do U2, afinal, eles acabam de lançar o segundo CD, no rastro do estrondoso sucesso do primeiro. As músicas deles são geniais – dançantes, roqueiras, engraçadas, irônicas e inteligentes. Com uma simpatia contagiante e o hit “Take me Out” eles levantaram o público do Morumbi.
Por mais bacana que tenha sido o show (e esse show do Franz valeu as 12 horas de espera na fila), como foi show de abertura, a maioria das pessoas não estava nem aí. Eu pulava e cantava todas as músicas (a maioria sei de cor), enquanto o pessoal do meu lado batia o maior papo.... chato quando uma de suas bandas prediletas é ignorada, mas mesmo assim os meninos fizeram um grande show.
Depois disso foi a vez do messias Bono Vox iniciar sua interminável pregação regada à muita boa música de uma banda que ainda mantém muita qualidade nas suas composições e faz músicas como “Walk On”, “Vertigo”, “Elevation” e “Sometimes you can’t make it on your own”.
O show do U2 é um espetáculo de marketing político incomparável a qualquer outra coisa. Assistindo ao show eu percebi que eles não fazem simplesmente música, eles escrevem hinos. Hinos religiosos, políticos feitos especialmente para emocionar e manipular as massas. Isso é bom e ruim. O bom é que músicas como “Where the streets have no name”, “Sunday, bloody, Sunday”, “I still haven’t found what I’m looking for”, “One” e “With or Without you” são atemporais e verdadeiramente emocionantes. A parte ruim é que o Bono usa elas da forma mais marqueteira da face da terra.
O show é maravilhoso! Eles são muito bons ao vivo, uma banda de qualidade única. E tocam tudo o que a gente quer ouvir. Mas nada é espontâneo....
Todos os momentos emocionantes e catárticos do show são extremamente ensaiados e artificiais. Tudo o que eu vi um dia em shows de Madonna e Michael Jackson, o U2 transformou numa obra de arte. A arte de manipular corações e mentes, o marketing disfarçado de rock’n’roll.
Em TODOS os refrões, a guitarra se intensifica, a voz de Bono atinge acordes altíssimos, todas as luzes do palco se acendem e o público vai à loucura. Na primeira vez parece bacana, na quinta já é exagero.
O discurso vazio do Bono é o principal responsável pela artificialidade da performance da banda. Claro, ele luta por causas nobres, quem sou eu pra criticar? Mas o que realmente ele faz além de ter reuniões com George Bush e Lula? Além de intermináveis pregações usando (e, às vezes, estragando) as belas músicas que ele mesmo compôs para tentar imortalizar a si mesmo?
Bono se leva muito a sério. Ele se acha tudo isso e muito mais. Ele fala por todos nós e, depois de vê-lo ao vivo, acho que ele está convencido (e tenta convencer a todos) que ele é o novo messias. O Bono é um chato de galochas (desabafo). E, às vezes, ele torna impossível separar a música de seu discurso inócuo e superficial. “Vamos juntos trabalhar para construir um novo Brasil”- foi o que ele disse. O que é isso? Que novo Brasil é esse? Eu vivo aqui e não notei nada de novo – os velhos corruptos, os velhos esquemas, a velha luta de classes. Cadê esse novo Brasil? Acho que só o Bono é quem vê isso.
Tirando essa pregação demagógica, as músicas são muito boas. E é isso que vou fazer, ouvir as músicas e esquecer que o Bono existe e que ele é um político em constante campanha eleitoral.
Nem preciso dizer como foi o show porque todos viram na TV. Foi igual ao de segunda-feira, com alguns detalhes diferentes, mas sempre bem ensaiados. Eu gosto muito das músicas do U2, aliás tenho quase todos os seus CDs. Mas a melhor supresa foi quando encerraram a noite com a minha balada predileta, sem pregação, sem discurso, só “All I want is you”. Aí sim, eu saí realizada, de alma lavada.
That’s all folks!
See ya!

domingo, fevereiro 19, 2006

O Oscar vem aí

Buenas galera!
Como todos sabemos, as indicações para o Oscar já foram anunciadas, já se sabe quem são os favoritos (mais sobre isso abaixo) e estamos em contagem regressiva para a cerimônia. Não que o Oscar seja uma cerimônia bacana, pelo contrário, é chatíssima e muito formal. A premiação da Academia de Hollywood é uma tradição do cinema – obrigatória para cinéfilos, do tipo mal necessário.
Os critérios da premiação são bastante questionáveis, porque envolvem muito lobby dos estúdios, quanto o filme arrecadou na bilheteria, entre outras coisas. Portanto, nem sempre a qualidade do filme é que impera na escolha. São exemplos recentes os filmes Titanic e Shakespeare Apaixonado, que são romances medíocres com grandes produções, sem qualidade cinematográfica, mas que ganharam Oscar de melhor filme.
O mais recente exemplo é que o melhor filme de 2005 não está concorrendo... O melhor filme que vi em 2005 foi O Jardineiro Fiel, um exemplo de cinema de primeiríssima qualidade. Um grande roteiro, dirigido com maestria pelo nosso Fernando Meirelles, com grandes atuações de Ralph Fiennes e Rachel Weizs. O Jardineiro Fiel é um filme completo, com intriga, romance e bons diálogos, contado de forma inteligente e sensível. No entanto, uma produção inglesa, dirigiada por um brasileiro, com ação passada na África, atacando grandes indústrias farmacêuticas, fica sem chance com a Academia de Hollywood. Uma pena...
Bom, falando dos favoritos, parece que o filme mais premiado em vários festivais até agora tem grandes chances de ganhar. Estou falando de O Segredo de Brokeback Mountain (aliás, precisamos fazer um capítulo à parte sobre as traduções de nomes de filme em português, porque esse segredo é o mais sabido do mundo e nem é nada secreto!!).
Um bom drama, muito triste. Essa frase resume tudo o que eu achei de Brokeback Mountain (me recuso a ficar escrevendo o ridículo título criado aqui no Brasil). Ang Lee é um bom diretor e sabe expressar emoções com silêncios e paisagens como ninguém. É uma história muito bonita, mas muito triste também e nesse quesito acho que Heath Ledger como o cowboy Del Mar teve uma interpretação primorosa, mostrando com sutileza a profunda melancolia do personagem. O filme fala sobre dois cowboys que se apaixonam e têm um relacionamento secreto por décadas, paralelo à suas “vidas normais”. Os dois se casam com mulheres, têm filhos, moram em diferentes cidades e cada um tem seu trabalho. Mas o amor florece quando os dois são jovens e precisam ficar um verão inteiro tomando conta de um rebanho em uma montanha semi-deserta.
As cenas de sexo entre os dois, que só são mostradas no início do relacionamento, são bastante constrangedoras. Mas é para ser mesmo, porque o constrangimento vem dos personagens, que nunca haviam feito aquilo antes. Depois vamos percebendo as diferenças entre os estilos de vida dos dois cowboys e como o relacionamento tem significados diferentes para cada um. Um filme que vale a pena assistir, mas com certeza não é melhor que O Jardineiro Fiel.
Por enquanto é isso!
Depois falo mais de outros filmes que estão concorrendo ao Oscar.
Ah, e essa semana tem o evento do ano em Sampa!! Franz Ferdinand e U2 no estádio do Morumbi – IMPERDÍVEL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
See ya!