quarta-feira, junho 27, 2007

Lauryn Hill esquece de adiantar o relógio


Buenas,

Na semana passada, paguei uma nota pra ver o exclusivíssimo show (extra!) da Lauryn Hill aqui em Sampa. Na maior animação, apesar de ter lido em todos os jornais que ela tinha atrasado duas horas e meia na noite anterior, lá fui eu para o Tom Brasil às 22h30, para o show que estava marcado para 22h. E a mulher entrou no palco 0h15.

Então, como ela é casada com um dos filhos do Bob Marley e mora, pelo menos parte do tempo, na Jamaica, acho que ela veio direto e esqueceram de avisar pra ela que precisava adiantar o relógio em duas horas, em função do fuso horário. Foi por isso que ela atrasou mais de duas horas nas duas noites que tocou aqui em São Paulo, ela acho que estava só atrasando alguns minutos. Colou?

Para a platéia que já não agüentava mais esperar, colou sim. Algumas vaias antes dela entrar, mas quando ela pisou no palco, foram só palmas. Eu confesso que se tivesse um ovo ou um tomate, tinha atirado na cabeça dela. Enfim, o começo do show foi fraco. Ela concentrou muito na fase atual, mais reggae, que poucos conhecem e, francamente, poucos gostam. Até esse momento eu ainda estava pensando em como ia pedir meu dinheiro de volta.

Mas aí ela começa a voltar às raízes sou e hip hop e a coisa pegou. Sim, o show pegou fogo, a platéia foi à loucura e eu comecei a ver que valeu a pena ter pago uma fortuna e esperado duas horas pra ver um ícone da música negra norte-americana cantando as músicas do seu auge. Entre seus sucessos solo e os sucessos do Fugees, a casa veio abaixo. Apesar do atraso, da roupa esdrúxula que ela vestia e da voz um pouco rouca (acho que ela estava gripada), ela deu uma aula de hip hop pra ninguém botar defeito.

See ya!!

domingo, junho 24, 2007

David Fincher volta com toque de mestre


Buenas,

O diretor de Seven, Clube da Luta e Quarto do Pânico retorna às telas após alguns anos provando que valeu a espera dos fãs. Zodíaco (Zodiac, EUA – 2007) é um filme baseado em dois livros escritos por um cartoonista do jornal San Francisco Chronicle, Robert Graysmith, que acompanhou a investigação para descobrir a identidade do serial killer que se auto-intitulava Zodíaco em São Francisco.

Os livros descrevem a trajetória dos policiais que cuidaram do caso e dos jornalistas do Chronicle que recebiam as caras do assassino. Após alguns assassinatos em 1969, o assassino começou a se corresponder com os jornais locais e enviar mensagens criptografadas para serem publicadas. O filme mostra os intricados detalhes das investigações que se passaram durante os anos 70 e 80.

Com um roteiro inteligente e extremamente bem amarrado, Fincher deixa o espectador sentado na ponta da poltrona durante quase três horas de filme (e olha de fui assistir numa sessão das 22h e estava bem cansada, mas não consegui desgrudar os olhos da tela). Com ótimos atores como Jake Gyllenhaal, como o nerd Graysmith, Robert Downey Jr como o jornalista estrela alcóolatra e Mark Ruffalo, como o conservador e durão inspetor de polícia, e um elenco de suporte também de primeira, Fincher faz um retrato fascinante mostrando justamente o lado menos glamuroso da história, o lado da polícia tentando reunir provas.

Um dos melhores filmes do ano, com certeza, Zodíaco deixa você entretido até o último minuto e ainda tem um final digno de uma história de vida real. Recomendo: saia de casa agora e vá assistir!

See ya!!