
Buenas,
Finalmente chegou às telas tupiniquins a mega-produção de 2007 do diretor mexicano Alejandro González-Iñárritu, Babel. Antes de qualquer coisa, devo dizer que eu ADORO esse diretor e seu trabalho. Achei os filmes Amores Perros e 21 Gramas sensacionais e já fui assistir Babel com uma grande expectativa pela qualidade dos trabalhos anteriores do diretor. Além disso, somou-se a expectativa de vários críticos que o colocaram como o melhor filme do ano, e outros o pior. Quando um filme é amado ou odiado, é ótimo, quer dizer que é bom e controverso.
No entanto, não achei nada disso. Confesso que achei bem mais ou menos. É bem triste eu dizer isso de um diretor que prezo tanto, mas achei esse o seu filme mais fraco, sem a intensidade dos outros dois. Claro, Babel não é uma porcaria total, longe disso, é um bom filme, uma super produção mesmo, realizada em vários países e em várias línguas. Só para conseguir filmar em locações remotas, com atores profissionais e amadores, em diferentes línguas, Iñárritu já merece um prêmio. Mas me surpreendeu porque das três histórias, só uma foi mais desenvolvida, nas outras duas só acontece o que está na sinopse.
Então lá vai a sinopse: um casal americano em férias no Marrocos para resolver problemas conjugais enfrenta uma situação aterradora quando a mulher é baleada por um rifle no interior do país onde não há hospitais próximos. Enquanto isso, a babá mexicana cuida dos filhos desse casal na Califórnia e decide levá-los até o México para o casamento de seu filho quando não encontra ninguém para cuidar das crianças na ausência dos pais e, é claro, tudo dá errado. Brad Pitt e Cate Blanchett fazem o casal americano, o que achei um desperdício de bons atores. Adriana Barraza, ótima atriz mexicana de Amorer Perros que está indicada ao Oscar por esse papel, faz a babá das crianças e Gael García Bernal (também sub-aproveitado como ator) faz seu sobrinho.
A terceira história, conectada às outras duas por um link tão fraco que era melhor nem existir, é a mais interessante de todas e a mais bem desenvolvida. Uma adolescente japonesa surda-muda, frustrada com a solidão em que se encontra após a morte da mãe, busca consolo nos braços de algum homem que possa tirar sua virgindade. Essa história sim valeria um filme inteiro e é a que vale a pena ir até o cinema conferir.
Aliás, não é à toa que Barraza e Kikuchu são as únicas a concorrer a Oscar nesse filme, porque são as únicas que realmente têm o trabalho de atuar. Os outros, apesar de bons atores, só enfeitam. Acho que o intento de Iñárritu em mostrar que tudo é interligado no mundo, provar o famoso ‘efeito borboleta’ acaba falhando no final. Uma pena.
That’s all
See ya!
Finalmente chegou às telas tupiniquins a mega-produção de 2007 do diretor mexicano Alejandro González-Iñárritu, Babel. Antes de qualquer coisa, devo dizer que eu ADORO esse diretor e seu trabalho. Achei os filmes Amores Perros e 21 Gramas sensacionais e já fui assistir Babel com uma grande expectativa pela qualidade dos trabalhos anteriores do diretor. Além disso, somou-se a expectativa de vários críticos que o colocaram como o melhor filme do ano, e outros o pior. Quando um filme é amado ou odiado, é ótimo, quer dizer que é bom e controverso.
No entanto, não achei nada disso. Confesso que achei bem mais ou menos. É bem triste eu dizer isso de um diretor que prezo tanto, mas achei esse o seu filme mais fraco, sem a intensidade dos outros dois. Claro, Babel não é uma porcaria total, longe disso, é um bom filme, uma super produção mesmo, realizada em vários países e em várias línguas. Só para conseguir filmar em locações remotas, com atores profissionais e amadores, em diferentes línguas, Iñárritu já merece um prêmio. Mas me surpreendeu porque das três histórias, só uma foi mais desenvolvida, nas outras duas só acontece o que está na sinopse.
Então lá vai a sinopse: um casal americano em férias no Marrocos para resolver problemas conjugais enfrenta uma situação aterradora quando a mulher é baleada por um rifle no interior do país onde não há hospitais próximos. Enquanto isso, a babá mexicana cuida dos filhos desse casal na Califórnia e decide levá-los até o México para o casamento de seu filho quando não encontra ninguém para cuidar das crianças na ausência dos pais e, é claro, tudo dá errado. Brad Pitt e Cate Blanchett fazem o casal americano, o que achei um desperdício de bons atores. Adriana Barraza, ótima atriz mexicana de Amorer Perros que está indicada ao Oscar por esse papel, faz a babá das crianças e Gael García Bernal (também sub-aproveitado como ator) faz seu sobrinho.
A terceira história, conectada às outras duas por um link tão fraco que era melhor nem existir, é a mais interessante de todas e a mais bem desenvolvida. Uma adolescente japonesa surda-muda, frustrada com a solidão em que se encontra após a morte da mãe, busca consolo nos braços de algum homem que possa tirar sua virgindade. Essa história sim valeria um filme inteiro e é a que vale a pena ir até o cinema conferir.
Aliás, não é à toa que Barraza e Kikuchu são as únicas a concorrer a Oscar nesse filme, porque são as únicas que realmente têm o trabalho de atuar. Os outros, apesar de bons atores, só enfeitam. Acho que o intento de Iñárritu em mostrar que tudo é interligado no mundo, provar o famoso ‘efeito borboleta’ acaba falhando no final. Uma pena.
That’s all
See ya!